O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, porém as iniciativas de conscientização, cuidado e prevenção precisam ser promovidas durante o ano todo, não só para Setembro Amarelo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que haja condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.
Abrir as portas para um diálogo empático e sem julgamentos é um dos caminhos para ajudar as pessoas que estão passando por um momento difícil, assim como reconhecer a necessidade de procurar ajuda profissional.
Dados sobre o suicídio
A OMS aponta que são registrados 14 mil casos de suicídio por ano, no Brasil. E quase 100% dos casos estão relacionados a doenças mentais não tratadas. A faixa etária mais afetada é de 15 a 29 anos, majoritariamente composta por homens.
Apenas 38 países contam com estratégias de prevenção ao suicídio, por isso, ações como o Setembro Amarelo se mostram extremamente relevantes para nós. No mundo, as taxas globais vêm diminuindo gradualmente, enquanto na região das Américas, elas aumentaram 17%.
Transtornos relacionados
A maioria das pessoas que cometeram suicídio apresentam quadros clínicos de transtornos psiquiátricos. Por isso, a identificação e tratamento são essenciais para a prevenção. Os principais transtornos relacionados que podemos encontrar são:
- Depressão;
- Transtorno bipolar;
- Transtornos relacionados ao uso de drogas lícitas ou ilícitas;
- Esquizofrenia;
- Transtorno de personalidade.
Saiba identificar
Você pode observar o sentimento de desamparo e falta de esperança são indícios de que a pessoa precisa de ajuda. Mudanças nos hábitos também são indicativos, bem como o afastamento, instabilidade ou uma súbita necessidade de concluir afazeres pessoais, organizar documentos ou escrever cartas de despedida.
O que fazer?
O estigma ainda é um dos maiores empecilhos para a detecção e prevenção. A vergonha dificulta que as pessoas conversem abertamente e peçam ajuda.
Por isso, oferecer acolhimento e escutar ativamente, sem julgamentos, ainda é uma das melhores formas de ajudar. Pequenos atos de cuidado não só transformam o dia de alguém, como podem salvar uma vida.
Procure apoiar, informar amigos e familiares para que haja uma rede de apoio emocional é outra opção. Ofereça ajuda para procurar tratamento psicológico e respeite os sentimentos da pessoa.
O que não fazer?
Os comportamentos e sentimentos do indivíduo nunca podem ser ignorados. Fique atendo aos sinais e tente não julgá-lo, nem diminuir sua dor. Lembre-se de que o diálogo pode iniciar a conversa mais importante na vida de alguém.
Centro de Valorização da Vida (CVV)
Por fim, existe uma plataforma que realiza apoio emocional voluntário para todas as pessoas que precisam conversar. É totalmente gratuito e anônimo, basta ligar para 188. Funciona 24 horas, todos os dias.