De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), de cada oito potenciais doadores, apenas um é notificado.
No Brasil, para ser um doador de órgãos é preciso comunicar sua família do seu desejo.
Em casos de morte encefálica (interrupção irreversível das funções cerebrais), caberá à família autorizar a retirada dos órgãos.
Um único doador falecido é capaz de salvar mais de vinte outras vidas.
De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Tecidos, o número de transplante de órgãos sólidos e tecidos entre janeiro e junho de 2017 (as doações foram feitas por pessoas vivas, e com morte encefálica) é de: órgãos – coração – 172; fígado – 1011; pâncreas – 63; pulmão – 43; e rim – 2.918 = 4.208.
Também foram feitos 1253 transplantes de medula óssea. E 15.429 transplantes de tecidos: córnea – 7821; ossos – 7520; valva – 71; e pele – 17.
Atualmente mais de 60 mil pessoas estão na lista de espera aguardando por um transplante compatível.
É importante ressaltar que o doador de órgãos não terá qualquer custo, todos os gastos são de responsabilidade do Sistema Único de Saúde.
Não existe limite de idade para ser um doador de órgãos.
O que determina o uso de partes do corpo para transplantes é o estado de saúde do doador e a condição do órgão.
Um doador de órgãos vivo pode doar: rim, medula óssea, partes do fígado e pulmão.
Morte Encefálica
A morte encefálica é causada mais frequentemente por traumatismo craniano, tumor ou derrame.
Quando essas atividades são interrompidas, significa a morte do indivíduo.
O diagnóstico é realizado por meio de exames específicos e avaliação de dois médicos, um deles neurologista.
As avaliações acontecem com um intervalo mínimo de seis horas.
Quando existe a intenção de doar os órgãos, a família pode manifestá-lo.
Também pode acontecer da equipe explicar a situação do paciente aos familiares, e consultá-los sobre a possibilidade da doação dos órgãos.
A retirada dos órgãos e tecidos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia, e com os cuidados de reconstituição do corpo.
Os órgãos doados vãos para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista de espera única.
A compatibilidade entre doador e receptores é determinada por exames laboratoriais.
A posição em lista é determinada com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.
Fontes – Sites: Ministério da Saúde; Doe Órgãos Salve Vidas; Adote – Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos; e Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Tecidos