Mais do que nunca, os profissionais de saúde estão com o seu protagonismo em evidência no cuidado ao paciente, em meio à pandemia do novo coronavírus. Um dos profissionais que se destacam é o infectologista, cujo Dia se comemora neste domingo, 11 de abril. Afinal, é responsável por pesquisar, diagnosticar e tratar doenças infecciosas e parasitárias, como a covid-19.
A médica infectologista Célia Franco, do AUSTA hospital, de São José do Rio Preto, considera a data, definida pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), oportunidade para a sociedade conhecer ainda mais a atuação do profissional.
São os infectologistas que, ao lado de cientistas e pesquisadores, estão ajudando a desvendar os mecanismos do novo Coronavírus e, com isso, criar barreiras ao seu avanço. “Temos, no entanto, uma atuação muito importante nas instituições de saúde. No AUSTA hospital, integro a equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) que, como o nome diz, trabalha para propiciar um ambiente seguro a todos”, explica Dra. Célia.
Ela e seus colegas de especialidade têm relevante papel também no tratamento e acompanhamento de pacientes com doenças infectocontagiosas como, por exemplo, a covid-19. Nos últimos 13 meses, portanto, o dia a dia da infectologista do AUSTA hospital tem sido intenso.
“Nosso foco é basicamente diagnosticar doenças. A infectologia é uma ciência que estuda os problemas causados por patógenos, os quais invadem o corpo humano e causam problemas ao organismo, sobretudo a partir de bactérias, vírus, parasitas e fungos”, explica a médica do AUSTA hospital.
Durante a pandemia, o infectologista teve também importante papel na conscientização da população sobre os hábitos que podem evitar doenças infecciosas, como a simples higienização das mãos.
“O hábito de lavar as mãos não é só uma questão de higiene pessoal, apresentação e limpeza. É também um hábito diário fundamental para a saúde, que nos previne de infecções”, ressalta Dra. Célia Franco. “Em contato com a boca, mucosa ocular e nasal, a mão pode transportar micro-organismos que levam a infecções, doenças e reações como gripe e diarreias. As pessoas precisam estar atentas a isso, sobretudo diante desse período de pandemia”, completa a infectologista do AUSTA hospital. O recomendável, segundo ela, é lavar as mãos após o contato com pessoas e espaços públicos e antes de ingerir alimentos.
Além da higiene das mãos, muito valorizada no início do acompanhamento de pacientes com Covid-19, o conhecimento construído, definiu a importância das máscaras como barreira para a eliminação é contra a inalação de partículas contendo o vírus causador da doença e a eficiência das medidas de distanciamento social para redução da transmissão.
Segundo Dra. Célia, a adoção desse conjunto de práticas (distanciamento social, uso de máscaras e higiene) é fundamental para proteção de todos, no atual momento, pois previne a infecção e o adoecimento e, consequentemente, evita grandes e inimagináveis sofrimentos.
Entre as doenças mais assistidas pelos infectologistas estão a Aids, mas há uma enorme gama de outra patologias como dengue, gripes, meningite, abcessos cerebrais, sinusite, bronquite, pneumonia, hepatite, tuberculose, infecções da pele e dos ossos, doenças tropicais e a H1N1.
Dia do Infectologista
O Dia do Infectologista, celebrado no dia 11 de abril, foi instituído pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), por ser o dia de nascimento de Emílio Ribas, renomado médico atuante no campo das doenças infecciosas e pioneiro no estudo e cura de infectologias no Brasil. Emílio, a partir do final do século 19, juntamente de Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, Vital Brasil e Carlos Chagas, lutou para livrar as cidades e as regiões interioranas de endemias e epidemias que assolavam o País na época, como a febre amarela, doença que ele combateu veementemente. Além disso, foi o fundador do Instituto Soroterápico do Butantã.