A Doença de Chagas permanece como um grande problema de saúde nos países da América Latina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja aproximadamente de 16 a 18 milhões de pacientes infectados, dos quais 25% a 35% desenvolverão alterações cardiovasculares na fase crônica da infecção. Por não haver um tratamento específico para combater o problema, os médicos fazem uso de remédios que ajudam a controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida dos seus pacientes e, em alguns casos, recuperar lesões causadas pela infecção, como indica o médico cardiologista Dr. João Daniel Bilachi Pinotti. “É importante ressaltar as manifestações clínicas quando há o acometimento crônico do coração, no qual o paciente desenvolve uma insuficiência cardíaca e o sintoma principal é a falta de ar. Nesse caso, o tratamento da Doença de Chagas é exatamente o mesmo da insuficiência cardíaca. O que temos hoje no mercado são medicamentos que diminuem a progressão da doença, mas não a curam. Em alguns casos, podem também apresentar um remodelamento reverso, ou seja, o local no coração lesionado pela doença pode se restabelecer. Claro que isso são resultados recentes e ainda estão sendo analisados em estudos, mas o cenário se mostra muito promissor”. De fato, uma nova pesquisa pode mudar esse cenário. Liderados pelo Laboratório de Biologia das Interações do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), os estudos apontam um possível caminho para o desenvolvimento de novas terapias para os danos cardíacos da Doença de Chagas. Segundo o estudo, reduzir os níveis de uma substância inflamatória – o fator de necrose tumoral – impede a progressão e consegue até mesmo recuperar lesões no coração. O trabalho, realizado em colaboração com o Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas do IOC/Fiocruz e a Universidade Federal Fluminense (UFF), foi publicado na revista científica internacional Mediators of Inflammation. A Doença de Chagas possui duas fases distintas: a aguda e a crônica. Em cada uma delas o indivíduo apresenta distintos sintomas. Check-up cardiológico: Entenda sua importância na prevenção das doenças cardiovasculares. CLIQUE AQUI. FASE AGUDA Logo após a infecção, os pacientes apresentam um número elevado de parasitas no sangue e podem ter sintomas como febre, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e nas pernas. Nesta fase da doença, o tratamento com medicamento é capaz de matar os protozoários. Mas, em muitos casos, a fase aguda é assintomática e, por isso, a infecção só é diagnosticada na fase crônica. FASE CRÔNICA Nesta fase, os parasitos se alojam nos músculos do coração e do aparelho digestivo. Os pacientes podem permanecer anos sem sintomas, mas as lesões causadas nos órgãos vão se acumulando e, em 30% dos casos, os indivíduos apresentam complicações cardíacas, enquanto 10% têm problemas digestivos. O adoecimento cardíaco da doença, na fase crônica, acomete morbidades e relevantes índices de mortalidade, o que faz da doença à principal causa de cardiomiopatia não-isquêmica na América Latina. “O paciente que possui a forma crônica da Doença de Chagas, que não adere ao tratamento ou não possui um diagnóstico preciso, passa por constantes internações, o que acaba fragilizando ainda mais seu quadro e prejudicando sua qualidade de vida. Os sintomas são basicamente tudo o que envolve a insuficiência cardíaca. O paciente convive com a dispneia (falta de ar) e, além do tratamento medicamentoso, precisa de acompanhamento médico frequente”, explica o cardiologista sobre os malefícios da Doença de Chagas. O QUE É A DOENÇA DE CHAGAS? A doença é causada por um protozoário chamado Trypanossoma cruzi. Apesar de muitas pessoas acreditarem que a transmissão da doença de chagas se dá pela picada do barbeiro, na verdade, ela é causada através das fezes do barbeiro, contaminadas pelo parasita. Quando a pessoa é picada e coça esse local, pode levar as fezes do inseto para a região da ferida, que entra na corrente sanguínea e causa a doença. Os sintomas da Doença de Chagas são: febre, mal-estar, inchaço localizado no local da picada do barbeiro, inchaço dos olhos, dor no corpo, dor de cabeça, cansaço, náusea e vômitos, diarreia, nódulos espalhados pelo corpo e vermelhidão pelo corpo. Algumas complicações da doença de chagas também incluem problemas digestivos, meningite, problemas no coração e a constipação crônica. O diagnóstico da doença é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados. Porém, como a maioria dos sintomas são comuns e às vezes até imperceptíveis, o indivíduo pode vir a descobrir que tem a doença 20 ou 30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de rotina ou ao apresentar complicações da doença. CHAGAS NO BRASIL E NO INTERIOR DE SÃO PAULO Segundo o Dr. João Daniel Bilachi Pinotti, São José do Rio Preto faz parte de uma região que foi muito endêmica na década de 1960 a 1980 e por isso hoje o médico acompanha muitos pacientes acometidos pela doença. “Isso acontece porque o diagnóstico, na maioria das vezes, é realizado de forma tardia, principalmente pelo fato de a doença ser assintomática na fase aguda, com repercussão clínica após décadas. Por isso é tão importante realizar consultas de rotina com um cardiologista desde o início da vida adulta. Uma vez diagnosticada a doença, iniciamos o tratamento e otimizamos os resultados a longo prazo, possibilitando mais qualidade de vida ao paciente”, afirma o cardiologista. A OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) certificaram o Brasil em 2006 por ter conseguido interromper a transmissão da Doença de Chagas pela espécie de barbeiro, mas, segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos estão surgindo novos casos da infecção devido a uma forma diferente de transmissão, ligada à contaminação de alimentos. Os registros seriam de pessoas que consumiram suco de açaí e caldo de cana, as bebidas teriam sido contaminadas pelo Trypanossoma cruzi quando barbeiros infectados foram moídos acidentalmente junto com os alimentos. Fonte: Portal Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) Artigo Científico da Mediators of Inflammation: Tumor Necrosis Factor Is a Therapeutic Target for Immunological Unbalance and Cardiac Abnormalities in Chronic Experimental Chagas’ Heart Disease. https://www.hindawi.com/journals/mi/2014/798078/ Portal da Doença de Chagas – Fiocruz
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Pela primeira vez, um hospital da cidade realiza tratamento com terapia baseada na oxigenação por membrana extracorpórea, conhecida por Ecmo (na sigla em inglês), em paciente em tratamento de covid-19. O AUSTA hospital, de São José do Rio Preto, está utilizando este equipamento em um homem de 48 anos, morador da cidade, desde o último domingo (11 de abril). A Ecmo despertou atenção da sociedade e da mídia nos últimos dias por estar sendo utilizado no suporte ao ator Paulo Gustavo, internado em hospital do Rio de Janeiro em decorrência de complicações de covid-19. O aparelho possibilita respiração extracorpórea (fora do corpo), utilizada como recurso final quando aparelhos de ventilação mecânica, que atuam como respiradores artificiais, não surtem mais efeito. É uma espécie de pulmão artificial, que drena o sangue para fora do paciente através de cateteres, faz sua oxigenação com auxílio de uma membrana polimérica e o devolve para o doente. É um tratamento invasivo de suporte à vida que pode ajudar a manter o paciente até que o pulmão se recupere. Em Rio Preto e na região, o AUSTA hospital tornou-se a primeira instituição de saúde a ter um paciente internado cujo tratamento emprega o suporte da Ecmo. Utilizá-lo também foi possível porque o AUSTA conta com equipe multidisciplinar com conhecimento técnico do aparelho. Neste final de semana, o AUSTA hospital realizou curso intensivo sobre oxigenação por membrana extracorpórea, utilizando esta máquina, batizada de Sistema Solis e desenvolvida pela Braile Biomédica e pelo Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas (SP), uma das unidades da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). O curso reuniu 25 profissionais do hospital, entre médicos cirurgiões cardíacos e torácicos, pneumologistas, cardiologistas, intensivistas, perfusionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Para o cardiologista e especialista em Unidade de Terapia Intensiva Mário Jabur Filho, diretor presidente do AUSTA, é grande alento para os profissionais de saúde dispor da oxigenação por membrana extracorpórea como alternativa terapêutica para pacientes com quadro clínico grave, internados em UTIs. "O tratamento permite manter o paciente oxigenado nos casos em que o pulmão não é capaz de realizar a tarefa de oxigenação de maneira adequada, mesmo com o paciente intubado e recebendo oxigênio a 80%", afirma, dr. Mário Jabur Filho. Ele ressalta, no entanto, que o uso da Ecmo deve ser avaliado com bastante critério pela equipe multiprofissional. “Não são todos os pacientes que podem ter este recurso. Devemos avaliar uma série de aspectos clínicos e particulares do paciente, além de seu quadro de saúde, para decidir se usaremos a máquina de respiração extracorpórea, ressaltando complicações hemorrágicas e trombóticas, pois o paciente precisa permanecer anticoagulado”. Foi o que aconteceu com este paciente de 48 anos que internou no AUSTA hospital no dia 23 de março com covid-19. Seu quadro clínico não evoluiu de maneira satisfatória, e ele foi transferido para a UTI com insuficiência respiratória refratária. “Nossa equipe avaliou com bastante critério o quadro clínico e, considerando que as terapias até então adotadas não estavam surtindo efeito, decidiu pela Ecmo”, disse dr. Jabur. Na manhã desta terça-feira, 13 de abril, o paciente permanece internado na UTI. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery type="image_grid" images="15809,15810,15811,15812,15813,15814"][/vc_column][/vc_row]
Mais do que nunca, os profissionais de saúde estão com o seu protagonismo em evidência no cuidado ao paciente, em meio à pandemia do novo coronavírus. Um dos profissionais que se destacam é o infectologista, cujo Dia se comemora neste domingo, 11 de abril. Afinal, é responsável por pesquisar, diagnosticar e tratar doenças infecciosas e parasitárias, como a covid-19. A médica infectologista Célia Franco, do AUSTA hospital, de São José do Rio Preto, considera a data, definida pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), oportunidade para a sociedade conhecer ainda mais a atuação do profissional. São os infectologistas que, ao lado de cientistas e pesquisadores, estão ajudando a desvendar os mecanismos do novo Coronavírus e, com isso, criar barreiras ao seu avanço. “Temos, no entanto, uma atuação muito importante nas instituições de saúde. No AUSTA hospital, integro a equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) que, como o nome diz, trabalha para propiciar um ambiente seguro a todos”, explica Dra. Célia. Ela e seus colegas de especialidade têm relevante papel também no tratamento e acompanhamento de pacientes com doenças infectocontagiosas como, por exemplo, a covid-19. Nos últimos 13 meses, portanto, o dia a dia da infectologista do AUSTA hospital tem sido intenso. “Nosso foco é basicamente diagnosticar doenças. A infectologia é uma ciência que estuda os problemas causados por patógenos, os quais invadem o corpo humano e causam problemas ao organismo, sobretudo a partir de bactérias, vírus, parasitas e fungos”, explica a médica do AUSTA hospital. Durante a pandemia, o infectologista teve também importante papel na conscientização da população sobre os hábitos que podem evitar doenças infecciosas, como a simples higienização das mãos. “O hábito de lavar as mãos não é só uma questão de higiene pessoal, apresentação e limpeza. É também um hábito diário fundamental para a saúde, que nos previne de infecções”, ressalta Dra. Célia Franco. “Em contato com a boca, mucosa ocular e nasal, a mão pode transportar micro-organismos que levam a infecções, doenças e reações como gripe e diarreias. As pessoas precisam estar atentas a isso, sobretudo diante desse período de pandemia”, completa a infectologista do AUSTA hospital. O recomendável, segundo ela, é lavar as mãos após o contato com pessoas e espaços públicos e antes de ingerir alimentos. Além da higiene das mãos, muito valorizada no início do acompanhamento de pacientes com Covid-19, o conhecimento construído, definiu a importância das máscaras como barreira para a eliminação é contra a inalação de partículas contendo o vírus causador da doença e a eficiência das medidas de distanciamento social para redução da transmissão. Segundo Dra. Célia, a adoção desse conjunto de práticas (distanciamento social, uso de máscaras e higiene) é fundamental para proteção de todos, no atual momento, pois previne a infecção e o adoecimento e, consequentemente, evita grandes e inimagináveis sofrimentos. Entre as doenças mais assistidas pelos infectologistas estão a Aids, mas há uma enorme gama de outra patologias como dengue, gripes, meningite, abcessos cerebrais, sinusite, bronquite, pneumonia, hepatite, tuberculose, infecções da pele e dos ossos, doenças tropicais e a H1N1. Dia do Infectologista O Dia do Infectologista, celebrado no dia 11 de abril, foi instituído pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), por ser o dia de nascimento de Emílio Ribas, renomado médico atuante no campo das doenças infecciosas e pioneiro no estudo e cura de infectologias no Brasil. Emílio, a partir do final do século 19, juntamente de Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, Vital Brasil e Carlos Chagas, lutou para livrar as cidades e as regiões interioranas de endemias e epidemias que assolavam o País na época, como a febre amarela, doença que ele combateu veementemente. Além disso, foi o fundador do Instituto Soroterápico do Butantã.
Hoje é o Dia Mundial do Parkinson, data criada para conscientizar a população sobre a doença. O IMC e HMC desenvolveu um novo e-book com informações importantes sobre o assunto. O Parkinson atinge mais de 8 milhões de indivíduos no mundo e prejudica os movimentos dos pacientes. A Doença é neurológica, degenerativa e ainda não possui cura, porém existe tratamento e novas pesquisas apontam caminhos para a melhorar qualidade de vida dos pacientes. Baixe o novo e-book IMC HMC "Doença de Parkinson" e se informe sobre essa doença que frequentemente afeta 1% da população mundial que possui a mais de 65 anos de idade. E-BOOK DOENÇA DE PARKINSON - IMC HMCBaixar Aproveite para ver também o nosso e-book sobre cuidados com o coração. CLIQUE AQUI!