Um suicídio ocorre a cada 40 segundos no mundo, informa o último relatório da Organização Mundial de Saúde. É apenas um entre dezenas de números nas estatísticas, mas basta ele para justificar a importância deste 10 de setembro, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Como em todos os anos, o Grupo AUSTA une-se a importantes entidades nacionais e internacionais para destacar este dia, lembrando que, em 90% dos casos, o suicídio pode ser evitado. Setembro Amarelo No Brasil, este tema tão delicado ganha não só um dia, mas um mês inteiro: o Setembro Amarelo, iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Associação Brasileira de Psiquiatria e várias outras instituições médicas. O amarelo é a cor escolhida porque significa vida, luz, alegria e, para os organizadores, é o contraponto simbólico ideal deste problema de saúde pública. Mais de 10 mil vítimas no Brasil A OMS estima que, no Brasil, mais de 10 mil pessoas se matam, todos os anos. No mundo, quase três vezes mais homens morrem por suicídio que mulheres em países de alta renda, em contraste com os países de baixa renda, onde a taxa é mais proporcional. O suicídio foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, estando atrás apenas dos acidentes de trânsito. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, o suicídio foi a segunda principal causa de morte entre meninas (após condições maternas) e a terceira principal causa de morte entre meninos (após acidentes de trânsito e violência interpessoal). Tema vem ganhando espaço na web e nas redes Seja em sites e blogs, seja nas redes sociais o suicídio vem se tornando tema cada vez mais recorrente. É o que constatou a plataforma digital ComunicaQueMuda (CQM), da agência nova/sb, que tem como foco propor debates sobre temas considerados polêmicos. A CQM monitorou as redes brasileiras ao longo de 29 dias em maio de 2020 e contabilizou 103.923 menções ao tema. Dentro deste número, registrou aumento no número de depoimentos e relatos. De 6,3% em 2017, passaram para 23,5% em 2020. O número de notícias a respeito do suicídio aumentou de 7,5% para 42%. Outra boa notícia: a frequência de piadas sobre o tema diminuiu. Antes, elas representavam 34% das postagens. Hoje, são apenas 3%. Por outro lado, postagens com perfil positivo, reflexivo ou que incentivam a busca por ajuda aumentaram de 28,8% do total, em 2017, para 63,5%, este ano. O suicídio pode ser evitado É o que comprova estudo do Centro de Valorização da Vida, segundo o qual, de cada 10 mortes, nove poderiam ser evitadas com tratamento adequado. Fatores externos, como perda de familiares e desemprego e doenças emocionais, como depressão, são possíveis motivos para um suicídio, segundo o CVV. Dar suporte social, restringir o acesso a meios perigosos, procurar tratamento adequado para deficiências emocionais e cultivar atitudes de esperança são recursos que podem ajudar a evitar os suicídios, de acordo com a médica psiquiatra Fernanda Benquerer Costa, do CVV. Se precisa de ajuda, ligue 188 O Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pelo telefone 188. A ligação é gratuita. Em São José do Rio Preto, o CVV também atender pelo telefone (17) 3233-4111. O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos, cujos voluntários estão capacitados para dar apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar. No tempo em que você leu este texto, ao menos quatro pessoas se suicidaram no mundo. Fontes: Organização Pan-americana de Saúde, Organização Mundial de Saúde, Folha de S.Paulo, Conselho Federal de Medicina, Ministério da Saúde, site do Senado Federal e portal G1, Centro de Valorização da Vida
Setembro é o mês lembrado pela importância da divulgação e conscientização da fibrose cística, uma doença rara e que aos poucos vem sendo conhecida no Brasil. A fibrose cística ainda não tem cura e atinge um a cada 10 mil nascidos vivos no país. Neste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, a campanha Setembro Roxo traz como tema “A gente te entende”, em relação aos cuidados obrigatórios para a prevenção do vírus com os costumes de quem tem a fibrose cística, uma vez que o uso de álcool em gel, máscaras e o isolamento social é indicação comum para quem tem a doença. Diagnóstico O AUSTA e as instituições de saúde de todo o mundo chamam a atenção, pois se trata de doença grave, que atinge mais as crianças. O diagnóstico é feito pelo teste do pezinho, logo que a criança nasce, entre o 3º e 7º dia de vida. Para confirmar ou descartar o diagnóstico, o teste do suor deve ser realizado. Esse teste é simples, indolor, não invasivo e fundamental para o diagnóstico precoce e seguro da doença. Ele é feito por meio do estímulo do suor da pessoa examinada e uma análise de condutividade. De maneira geral, quando a dosagem de cloreto no suor é igual ou maior que 60 mmol/l em duas amostras, o diagnóstico positivo para Fibrose Cística é confirmado. Sintomas mais comuns da fibrose cística Pneumonia de repetição Tosse crônica Dificuldade para ganhar peso e estatura Diarreia Suor mais salgado que o normal Pólipos nasais Baqueteamento digital. Isso não significa que todas as pessoas terão os mesmos sintomas. Tratamento De modo geral, é composto por fisioterapia respiratória diária, exercícios para ajudar na expectoração e limpeza do pulmão, evitando infecções, atividade física para fortalecimento e aumento da capacidade respiratória, ingestão de medicamentos, entre outros. Iniciativa positiva na divulgação de sobre a fibrose cística: O Instituto “Unidos pela Vida”, fundado em 2011, pela psicóloga Verônica Stasiak Bednarczuk diagnosticada com fibrose cística aos 23 anos, tem como missão fortalecer e desenvolver o ecossistema da doença por meio de ações que impactem na melhora da qualidade de vida dos pacientes, familiares e demais envolvidos. No ano passado, pelo segundo ano consecutivo, foi eleito pelo Instituto Doar, da Rede Filantropia, e do “O Mundo que Queremos”, como a melhor ONG de Pequeno Porte do Brasil, dentre as 100 melhores do País. E mais: o instituto também foi reconhecido por ter a melhor prática do Terceiro Setor do Paraná pelo Instituto GRPCOM, além de já ter recebido mais de 25 prêmios que destacam sua transparência e profissionalismo ao longo dos 9 anos de existência. Fonte: https://unidospelavida.org.br/
Quatro em cada dez brasileiros adultos têm níveis de colesterol elevado, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). São 60 milhões de brasileiros (40% da população) que apresentam colesterol acima do normal, correndo vários riscos. O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, entre elas infarto e acidente vascular cerebral, um importante fator de risco de morte. Estes números são suficientes para termos a noção do quanto é importante este 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Prevenção é fundamental para evitar colesterol alto Mas, infelizmente, não é o que o brasileiro faz. O estudo da SBC revela que 11% dos adultos nunca realizou o exame de colesterol e quase 70% só o fez após os 45 anos de idade. Males causados pelo colesterol alto Além das doenças cardiovasculares, entre as complicações causadas pelo colesterol alto está a aterosclerose, um acúmulo de placas de gorduras nas artérias que impede a passagem do sangue e pode causar problemas cardíacos, como infarto, e acidente vascular cerebral. Em adultos, o excesso de colesterol no sangue está associado normalmente à obesidade, alimentação inadequada e falta de exercícios físicos. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol é o consumo excessivo de gordura saturadas e gordura trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete. Mesmo quem não costuma comer muitos alimentos industrializados e gordurosos pode ter problemas com o colesterol. Além desses fatores, a hereditariedade pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas de hábitos saudáveis. Como se prevenir do colesterol alto Para manter o colesterol controlado e a saúde em dia, consulte-se regularmente com o médico, tenha uma alimentação adequada e saudável e pratique exercícios físicos. O que é o colesterol? O colesterol pode ser considerado um tipo de gordura (lipídio) produzido pelo organismo, que desempenha funções essenciais como a produção de hormônio. Nosso sangue é composto por dois tipos de colesterol: o LDL, que é conhecido como ruim por entrar nas artérias, provocando seu entupimento; e o HDL, conhecido como bom, por retirar o excesso de colesterol das artérias, impedindo seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura. Saiba mais sobre cada um destes tipos LDL colesterol Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL-c) – responsáveis pelo transporte de colesterol (produzido pelo fígado) para as células, onde serão utilizadas. Se existir excesso de LDL-c na circulação, sem aproveitamento pelas células, aumenta o risco de aterosclerose (entupimento das artérias pela gordura). Por isso o LDL-c é chamada de "mau" colesterol. HDL colesterol Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL-c) – responsáveis por retirar o excesso de colesterol da circulação, levando-o de volta para o fígado. Por tal eficiência ele é considerado como "bom" colesterol. A função do HDL-c é carregar o colesterol de outras partes do corpo de volta para o fígado. O fígado, então, remove essa gordura do organismo. O fígado pode excretar ou reutilizar estas HDL-c. Fontes: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Em 28 de julho, é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A importância da data pode ser medida pelo número de pessoas que ela atinge: são mais de 320 milhões em todo o mundo, causando perto de 1 milhão e meio de mortes por ano. As hepatites são a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas, só perdem para a tuberculose. Com relação à infecção, elas atingem nove vezes mais pessoas que o vírus do HIV, da AIDS. Por isso o Grupo AUSTA reforça esta corrente mundial de atenção para esta doença! No Brasil, os últimos dados do Ministério da Saúde mostram que, de 1999 a 2017, foram notificados quase 588 mil casos de hepatites A, B, C e D e mais de 66 mil pessoas morreram, entre 2000 e 2016. O que é a hepatite? Hepatite é a inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. As hepatites podem ser silenciosas, nem sempre apresentando sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, observe se você já se expôs a algumas dessas situações: Condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E); Praticou sexo desprotegido ou compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D). A hepatite também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gravidez, parto e amamentação (vírus B, C e D). No caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 60 dias após a exposição ao vírus para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue. Hepatite é evitável, tratável e curável A hepatite é evitável, tratável e, no caso da hepatite C, curável. No entanto, mais de 80% das pessoas que vivem com hepatite carecem de serviços de prevenção, testagem e tratamento. A testagem precoce pode dar início ao tratamento precoce que, além de prevenir doenças pode salvar a vida. As hepatites B e C podem ser transmitidas por sexo, portanto, são evitáveis. Basta proteger-se usando preservativos. A vacina contra hepatite B fornece proteção ao longo da vida. Se você testou positivo, o tratamento deve ser iniciado sem demora. Algumas pessoas com hepatite B precisarão de tratamento e poderão se manter saudáveis com a terapia por toda a vida. Já para a hepatite C, o tratamento dura cerca de três meses e pode curar a infecção. Fontes: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo