Drogas, sempre um assunto muito delicado, é difícil de se abordar com as pessoas de nosso convívio, sobretudo com os jovens sob nossa responsabilidade, sejam filhos, enteados, sobrinhos…
Esta sexta-feira, 26 de junho, é o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas. A data foi instituída em 1987 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população global sobre a dependência química. A venda de drogas ilícitas é um dos maiores problemas do mundo.
Cada pessoa, cada organização, cada entidade tem sua parcela de responsabilidade no combate a este mal, e o Grupo AUSTA o convida a refletir e buscar a prevenção ao uso de drogas em seu círculo de convivência e em sua comunidade.
Cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo usam algum tipo de droga, segundo o último relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). É mais do que a população do Brasil.
Relação entre drogas ilícitas e álcool
Existe a relação entre drogas ilícitas e álcool. O uso de uma substância psicotrópica, como o crack, geralmente está associado ao consumo de outro tipo de droga. Estudos sugerem que o álcool é a substância mais frequentemente envolvida nas situações de uso múltiplo.
Uso de drogas no Brasil
No país, números alarmantes foram revelados no Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com parceria do IBGE, Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Universidade de Princeton, nos EUA. Alguns dados do levantamento:
- 5 milhões de brasileiros usaram substâncias ilícitas nos 12 meses anteriores à pesquisa;
- A maconha é a substância ilícita mais consumida no Brasil: 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos já a usaram ao menos uma vez na vida.
- A cocaína vem em segundo lugar: 3,1% dos brasileiros de 12 a 65 anos já a consumiram;
- 1,4 milhão de pessoas usaram crack e similares alguma vez na vida.
Os coordenadores da pesquisa destacam que os números devem ser muito maiores, pois a pesquisa foi domiciliar, ou seja, não abordou pessoas que vivem nas ruas, abrigos ou presídios, por exemplo.
Medicamentos sem prescrição
O levantamento descobriu também que 1 milhão e 300 mil brasileiros (0,6% da população) usam analgésicos opiáceos e tranquilizantes benzodiazepínicos sem prescrição médica.
Como posso ajudar na prevenção do uso de drogas de jovens sob minha responsabilidade?
Várias atitudes ajudam, tais como:
- Dar amor e carinho;
- Conversar bastante com eles, destacando os riscos e males das drogas;
- Valorizar o modo deles serem;
- Ajudá-los a ter objetivos e metas de vida;
- Ensiná-los a se autovalorizarem.
- Se há algum problema, mostrar que há sempre uma solução e esperança para o futuro.
E fique atento aos sinais que indicam o possível uso de drogas, como olhos vermelhos, perda de peso, mudanças repentinas de humor e perda de interesse em atividades diárias.
O que faço ao desconfiar que um jovem sob minha responsabilidade está usando drogas?
Não hesite. De modo direto e franco, revele sua preocupação. Não o diminua por causa do uso de drogas. Ele precisa de sua certeza, de seu apoio e de seus limites.
Fale dos efeitos nocivos da droga na saúde física, mental e emocional
Se precisar, procure um profissional especialista médico ou psicólogo.
O desafio neste processo é ser amoroso e acolher o jovem mas, ao mesmo tempo, ser rigoroso, adotando inclusive atitudes que vão resultar em confronto com o jovem.
Fonte: Biblioteca virtual do Ministério da Saúde, site Notícias do Vaticano, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)