O AUSTA hospital realizou, na última sexta-feira, 14 de fevereiro, procedimento cardíaco que reforça a condição de centro médico de referência no interior do Estado de São Paulo.
A equipe do AUSTAcor, Serviço Especializado de Hemodinâmica, implantou uma válvula percutânea no coração de uma paciente de 80 anos que tinha estenose aórtica, ou seja, o estreitamento da válvula aórtica que impedia o sangue de circular adequadamente. Sendo a aorta a maior e mais importante artéria de todo o sistema circulatório do corpo humano, o fluxo de sangue no idoso estava comprometido, causando-lhe cansaço aos esforços e episódios de tontura.
Esta técnica realizada pela equipe do AUSTA hospital é a mais moderna adotada no mundo. Nela, o Hemodinamicista introduz, pela artéria femoral, localizada na virilha do paciente, o cateter que leva a válvula até o coração. O procedimento é minimamente invasivo, o que permitiu que o paciente, morador de Três Lagoas (MS), recebesse apenas sedação, em vez de anestesia geral. A cirurgia durou apenas 1h30, após a qual o paciente acordou e foi encaminhado à UTI, na qual permaneceu por apenas 24 horas, tendo no 3° dia alta após o procedimento.
Este implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI na sigla em inglês para transcatheter aortic valve implantation) é a alternativa à cirurgia convencional, na qual os médicos teriam que abrir o peito do paciente para substituir a válvula aórtica do coração. “É um procedimento que demonstrou ser a melhor indicação médica, sobretudo, para pacientes idosos que têm redução no orifício de saída da válvula aórtica, devido à calcificação de seus folhetos”, ressalta o cardiologista intervencionista Luiz Antônio Gubolino, da equipe do AUSTAcor.
Ele explica que a cirurgia em que o peito do paciente é aberto, por ser mais invasiva, oferece riscos ao paciente, principalmente, o idoso, havendo a possibilidade de sangramento e AVC (acidente vascular cerebral), além da maior permanência hospitalar.
A boa notícia é que o implante percutâneo de válvula aórtica, até indicado apenas para pacientes de alto risco cirúrgico, provou ser um procedimento seguro e eficaz, com isso, sendo estendido também para pacientes de médio e baixo risco. “Podemos agora beneficiar um número muito maior de pessoas com este problema no coração”, comemora Dr. Márcio Santos, também médico da equipe.
Estima-se que 5% das pessoas com mais de 60 anos desenvolverão esta doença. Em Rio Preto, isso representaria uma população de 3,2 mil pessoas. Do total destes doentes, um número considerável poderão se beneficiar por esta técnica menos invasiva. Ressalta o Dr. Antônio Hélio Pozetti, médico do AUSTAcor.
Para realizar este procedimento é necessário a participação da equipe de cirurgia cardíaca, Dr. Hélio Gama, Dr. Reginaldo Pereira de Castro e Dr. Franz Andrei Patriarcha que ficam sempre na retaguarda para qualquer intercorrência.