No mês de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data instituída pela lei 11.584, em 2007, para que a sociedade se conscientize da importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que todos nós conversemos sobre o assunto.
O Grupo AUSTA une-se a todas as instituições e organizações de saúde nesta cruzada de conscientização, para que o Brasil tenha cada vez mais doadores de órgãos e tecidos.
Doar é salvar vidas. Milhares de pessoas aguardam por um órgão para continuar vivendo.
Há mais de 34 mil pessoas na lista de espera em todo o país, segundo o último levantamento da ABTO – Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos e RBT – Registro Brasileiro de Transplante. Destas, 23 mil pessoas aguardam por um rim, entre elas 316 crianças. Este órgão pode vir de um doador vivo ou falecido.
Você quer ser um doador de órgãos e tecidos?
É extremamente importante que você converse com sua família sobre o seu desejo de ser doador, deixando claro que eles devem autorizar a doação, uma vez que, no Brasil, ela só é feita após autorização familiar.
Entenda que, pela legislação vigente no Brasil, nenhuma declaração em vida é válida ou necessária, não há possibilidade de deixar em testamento, não existe um cadastro de doadores de órgãos e nem são mais válidas as declarações nos documentos de identidade, carteiras de habilitação e carteirinhas de doador.
Por esta razão, a única forma de ser um doador pós-morte é discutir o assunto, em vida, com os seus familiares, o que permitirá também a todos que participarem dessa conversa, revelarem-se doadores ou não doadores de órgãos.
“Essa simples conversa permitirá aos familiares que, ainda que estejam vivenciando o doloroso momento da perda de um ente querido, possam decidir rapidamente e de forma consciente pela doação dos órgãos e tecidos”, ressalta Aline Garbo, responsável pela Comissão Intra Hospitalar de Transplante do AUSTA hospital.
Lembre-se de que um doador pode salvar até 9 vidas ou melhorar a qualidade de vida de várias pessoas.
No caso de doação em vida, é permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive.
Para qualquer outra pessoa, somente mediante avaliação médica e autorização judicial, onde seja comprovada estreita relação, com exceção a doação de medula óssea.
Um dos motivos que levam os familiares a recusar doar os órgãos e tecidos é não compreender a morte encefálica, tendo assim dúvidas se realmente o ente querido está morto.
O que é a morte encefálica?
A morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado. Este órgão para de funcionar definitivamente, ficando assim incompatível com a vida.
Rio Preto e região destacam-se no Brasil em número de doações
Em nossa região, a conscientização sobre a importância de se doar tem crescido cada vez mais. Tanto que, em 2018, a região obteve índice de 1º Mundo em doação de órgãos.
Os índices de autorização de doação de órgãos em Rio Preto se equiparam aos da Espanha, referência mundial em transplantes na rede pública.
No país europeu, a média é de 47 doadores por milhão de habitantes. Na região de Rio Preto, a média foi de 44 doadores por milhão, em 2018. Para se ter ideia do quanto este número é expressivo, no Brasil, de acordo com a ABTO, o índice gira em torno de 17 por milhão – menos da metade da regional.
Fonte: Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos – ABTO; Organização de Procura de Órgãos de Rio Preto – OPO.