Estamos no mês de campanha pela conscientização do câncer de pele. Esse tipo de câncer é responsável por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos.
O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem baixa letalidade, porém seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Na maioria das vezes, isso ocorre devido à exposição excessiva ao sol e a falta de proteção da pele contra os efeitos da radiação UV.
O Brasil é o país que mais recebe irradiação solar em todo o mundo e este fato contribui muito para as estatísticas dessa doença. Por estar localizado próximo à linha do Equador, o país recebe alta incidência de sol durante todo o dia, com pouca variação ao longo das estações. Além disso, a incidência dos raios ultravioletas estão cada vez mais agressiva em todo o planeta, por isso as pessoas devem estar mais atentas e se protegerem quando expostas ao sol.
Em entrevista, a médica dermatologista Dra. Marcia Akashi Hernandes Dib tira dúvidas sobre o assunto e explica o que é, como tratar e se prevenir do câncer de pele.
O que é o câncer de pele?
Câncer de pele é uma transformação maligna das células da pele, com aumento descontrolado e formação de tumores e ulcerações (feridas que não saram e sangram).
Quais os tipos de câncer de pele?
Os tipos de câncer de pele mais comuns são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. O basocelular surge como uma bolinha ou parecendo uma espinha; o espinocelular como uma casquinha “ardida” na face, nos braços ou nas costas; e o melanoma, este é uma lesão acastanhada ou escura que geralmente muda de cor, de formato ou de tamanho e pode sangrar. Pode surgir a partir de uma “pinta” já existente (nevo) ou até mesmo em locais sem “pintas”.
Quais os fatores de risco para este tipo de câncer?
Os principais fatores de risco são: pele clara, exposição crônica ao sol, ter 60 anos de idade ou mais, tabagismo, imunossupressão (por doenças ou por tratamentos), cicatrizes e queimaduras.
Como detectar precocemente o câncer de pele?
Para detectar precocemente, fique atento a lesões novas que aparecem na sua pele, a nevos (pintas) que estão aumentando de tamanho, que coçam ou sangram. Procure e mostre para um médico treinado, ele pode reconhecer as lesões suspeitas facilmente, ou então pedir uma biópsia de pele para estabelecer o diagnóstico.
O câncer de pele não-melanoma é o tipo mais comum entre os brasileiros. Por quê?
No Brasil, a incidência é alta devido à exposição ao sol e a cultura de se expor.
Como é feito o tratamento do câncer de pele?
O tratamento é eminentemente cirúrgico, após diagnóstico histológico confirmado.
Como prevenir o câncer de pele?
A prevenção está ligada a proteção solar. Esta pode ser feita com protetores solares, roupas, chapéus e, principalmente, a atitude de evitar se expor ao sol sem necessidade.
Qual a importância do filtro solar na prevenção dessa doença?
Evita danos à pele protegendo-a contra os raios solares.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Ministério da Saúde
Instituto Nacional do Câncer (INCA)
TV Austa 