No mês em que se celebra o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, o Austa Hospital reforça a importância de colocar o paciente e sua família no centro do cuidado, priorizando dignidade, autonomia e qualidade de vida desde o diagnóstico de uma doença grave. Sob coordenação da Dra. Andreia de Paula, o hospital conta com a única equipe de Cuidados Paliativos entre os hospitais particulares de São José do Rio Preto, um serviço pioneiro que se consolidou como referência regional em assistência integral e humanizada.
“Cuidado paliativo é um ato de humanização na saúde. Ele valoriza a autonomia e o bem-estar do indivíduo, independentemente do estágio da doença. Desde 2017, fortalecemos protocolos, realizamos educação continuada e mostramos às famílias a importância desse cuidado desde o diagnóstico”, afirma a Dra. Andreia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos são uma abordagem que busca melhorar a qualidade de vida de pacientes adultos e crianças e de suas famílias que enfrentam doenças que ameaçam a vida, prevenindo e aliviando o sofrimento por meio da avaliação cuidadosa, identificação precoce, tratamento da dor e outros sintomas físicos, psico-espirituais e socias. Para a Dra. Andreia, o acompanhamento deve começar logo no diagnóstico, sempre que o paciente apresentar sofrimento ou perda de qualidade de vida.
“Ao contrário do que muitos imaginam, cuidado paliativo não é só para o final da vida. É para o início. Cuidamos de pacientes que estão vivendo e sofrendo, e quanto mais cedo estabelecemos o vínculo, mais efetivo é o cuidado”, explica.
Embora frequentemente associados ao fim da vida, os cuidados paliativos ainda enfrentam resistência e desinformação. O foco do cuidado paliativo é guarantor autonomia, dignidade e qualidade de vida aos pacientes, seus familiares e cuidadores. É proporcionar vida aos dias, independente da fase da doença: desde o diagnóstico até a fase final”, reforça a Dra. Andreia.
Para reduzir esse estigma, a equipe passou a adotar a denominação ‘Equipe de Suporte e Controle da Dor’, que reflete com precisão o propósito do trabalho. “Hoje, temos um índice de melhora da dor e da falta de ar superior a 90% entre nossos pacientes. Isso representa um ganho real de qualidade de vida”, enfatiza a médica.
Protocolos e equipe especializada
O Austa Hospital possui protocolos e diretrizes formais para identificar e acompanhar pacientes que necessitam dessa abordagem. A identificação pode ocorrer tanto na emergência quanto durante a internação.
“Usamos um protocolo internacional chamado SPICT (Supportive and Palliative Care Indicators Tool — Ferramenta de Indicadores de Cuidados de Suporte e Paliativos), desenvolvido pela Universidade de Edimburgo, que auxilia na identificação de pacientes com indicação para cuidados paliativos. Associado ao SPICT, também utilizamos a chamada ‘pergunta surpresa’ que é estabelecida em literatura: “ Você acredita que o paciente pode morrer nos próximos seis meses a um ano? “. Se a resposta for SIM, ele tem indicação de cuidados paliativos. A partir daí, nossa equipe é acionada e realizamos a abordagem”, detalha a médica.
Além do atendimento diário, o hospital realiza treinamentos regulares com os colaboradores para ampliar o conhecimento e reduzir o estigma em torno do tema. “Fizemos recentemente um treinamento sobre hipodermóclise, que é uma técnica de administração de medicamentos e hidratação por via subcutânea, indicada para pacientes muito frágeis ou com dificuldade de acesso venoso. Também estamos promovendo capacitações sobre quando e como acionar a equipe de cuidados paliativos. Esses treinamentos são contínuos e têm grande adesão dos profissionais”, relata.
Compromisso com o acesso universal
Neste ano, o tema do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos é “Alcançar a promessa: acesso universal aos cuidados paliativos”, reforçando o compromisso global de ampliar esse tipo de assistência. O Austa Hospital, por meio de sua equipe especializada, tem trabalhado para garantir que cada vez mais pacientes tenham acesso a esse cuidado essencial.
“Quando começamos, atendíamos um paciente por mês. Hoje, acompanhamos de três a cinco pacientes diariamente. Isso mostra como o entendimento e a valorização dos cuidados paliativos cresceram dentro do hospital e entre as famílias”, conclui Dra. Andreia.