No dia 08 de julho é comemorado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico e o Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de São José do Rio Preto, tem muito a comemorar. Desde sua inauguração, em 1967, o IMC traz em seu mote a ciência e essa prática é uma das responsáveis pelas inúmeras conquistas da instituição, que se tornou um centro de referência nacional em estudos clínicos na cardiologia, vascular e cirurgia cardíaca.
Nestes 54 anos, foram realizadas mais de 180 pesquisas, que colaboraram e resultaram no desenvolvimento de novos medicamentos e adoção de novas técnicas e tratamentos clínicos e cirúrgicos. Atualmente, o Centro de Pesquisa do IMC conduz seis estudos.
“O exercício cotidiano da ciência está no DNA do IMC. Desde os primeiros dias, nossos médicos fundadores dedicaram-se com afinco à pesquisa, pois entenderam ser esta também a nossa responsabilidade como importante centro médico, beneficiando a população não só de Rio Preto, mas de todo o mundo”, afirma o cardiologista Adalberto Menezes Lorga Filho, diretor científico do IMC.
Pesquisas realizadas no IMC
Esta vocação para a pesquisa e o desenvolvimento de novas técnicas fez do IMC um dos pioneiros na medicina do interior paulista. Ainda na década de 60, realizou a primeira cirurgia com circulação extracorpórea. Ao longo de duas décadas, o IMC e a medicina em São José do Rio Preto acumularam grandes vitórias, que os colocaram em destaque no cenário nacional. Entre os anos de 1970 e 1989 foi implantado o primeiro estudo eletrofisiológico do interior do Brasil. Também foram realizadas a primeira cirurgia cardíaca de troca de válvula, a primeira cirurgia cardíaca de ponte de safena, a primeira colocação de prótese endovascular (stent) e a primeira cirurgia cardíaca para tratamento de arritmias do interior do Brasil.
Uma das principais contribuições na ciência também foi nos anos de 1970, quando um estudo demonstrou que o marcapasso oferecia benefícios aos doentes de Chagas. “Até então, havia suspeita que o marcapasso pudesse piorar os doentes de Chagas. Desde então, nossa instituição transformou-se em referência nacional na “Doença de Chagas”, diz o diretor científico.
Na década de 90, o Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC foi o primeiro a realizar uma terapia com células tronco para isquemia crítica de membros inferiores. Também realizou a primeira cirurgia com uso de veias do cordão umbilical no Brasil.
Estudo eletrofisiológico no IMC
Atuante há mais de 40 anos, a equipe de arritmia e eletrofisiologia do IMC é referência nacional no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas. Composta por profissionais titulados e com grande experiência no tema, oferece tratamento clínico e invasivo das diferentes arritmias. Além de contar com toda a infraestrutura e equipe multidisciplinar do IMC, possui os equipamentos mais modernos para o diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas, permitindo a realização de procedimentos de vanguarda para o tratamento das formas mais graves e complexas de arritmias cardíacas.
Centro de Pesquisa IMC
Há 27 anos, o IMC estruturou o seu Centro de Pesquisa, que concentra os estudos, dando toda a assessoria e respaldo necessários aos investigadores científicos, para conduzirem seus trabalhos. O Centro coordena pesquisas nacionais e internacionais que já atestaram a eficácia das estatinas, anti-hipertensivos, anticoagulantes, marcapasso, válvulas cardíacas, enxertos arteriais, uso de pericárdio bovino e células-tronco.
Atualmente, o IMC desenvolve, juntamente com instituições do Brasil e de outros países, seis estudos, todos na área de cardiologia, que têm como enfoques a insuficiência cardíaca chagásica, uso de anticoagulantes na fibrilação atrial e reversão de taquicardia supraventricular.
O Centro de Pesquisa do IMC tem à frente Dr. Lorga Filho, contando com a assessoria das enfermeiras Clotildes Santiago Prates Queirantes e Thamyres Santini Arroyo Cruz, respectivamente, gerente e coordenadora da unidade, além do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).