Em 5 de setembro é celebrado o dia nacional de conscientização e divulgação da fibrose cística, doença que atinge um em cada sete mil nascidos no Brasil. O Ministério da Saúde estima que cerca de 1.300 brasileiros vivem com esta doença, atualmente. No mundo, são cerca de 70.000 pessoas.
A incidência da fibrose cística, portanto, é baixa, porém, o AUSTA e as instituições de saúde de todo o mundo chamam a atenção, pois se trata de doença grave, que atinge mais as crianças.
Ela surge quando um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. A doença, portanto, é causada por uma alteração genética, transmitida à criança pelos pais.
O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções, como pneumonia e bronquite, trazendo danos aos pulmões.
Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino. O corpo precisa dessas enzimas para digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos, essenciais para o desenvolvimento e saúde do ser humano.
A fibrose cística altera principalmente o mecanismo que controla a água e o sal de alguns sistemas do corpo humano: respiratório, digestivo e também as glândulas de suor.
Sintomas da fibrose cística
Os sintomas e a gravidade destes variam em cada pessoa. Os mais comuns são:
- pele de sabor muito salgada;
- tosse persistente, muitas vezes com catarro;
- infecções pulmonares frequentes, como pneumonia e bronquite;
- chiados no peito, ou falta de fôlego;
- baixo crescimento ou ganho de peso, apesar de bom apetite;
- fezes volumosas e gordurosas, e dificuldade no movimento intestinal (poucas idas ao banheiro);
- surgimento de pólipos nasais.
A incidência de fibrose cística é maior em pessoas de pele clara de ambos os sexos, que apresentam ascendência caucasiana.
A doença não tem cura, portanto, o diagnóstico precoce é importante, inclusive para a qualidade de vida do paciente.
A forma mais simples e eficaz de descobrir a fibrose cística é por meio da triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho, até sete dias após o nascimento. Também pode ser diagnosticada por outros testes, como o de suor ou genético.
Tratamento
O tratamento consiste de medicamentos ingeridos junto às refeições para repor as enzimas digestivas, essenciais para o organismo digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos.
A pessoa com fibrose cística também deve utilizar medicamentos inalados para ajudar a abrir as vias respiratórias.
Outras atitudes são muito importantes, tais como:
- ter uma dieta especial rica em proteínas e calorias;
- tomar suplementos vitamínicos, especialmente vitaminas A, D, E e K;
- evitar o fumo, a poeira, a sujeira, as fumaças, os produtos químicos domésticos, a fumaça de lareira e o mofo ou bolor;
- beber líquidos em abundância;
- e fazer exercícios de duas a três vezes por semana.
Fontes: Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Assistência a Mucoviscidose (http://www.brasil.gov.br e http://www.abram.org.br)