O Grupo AUSTA junta-se à comunidade médico-científica internacional neste 29 de outubro para, Dia Mundial de Combate ao AVC.
Afinal, o Acidente Vascular Cerebral é a doença que mais mata os brasileiros, sendo a principal causa de incapacidade no mundo.
As graves sequelas causas justificam a importância de sempre informar a população sobre esta doença e o Dia Mundial de Combate ao AVC é propício para sabermos sobre o “derrame”, como é conhecido popularmente o AVC.
Cerca de 70% das pessoas não retornam ao trabalho após um AVC, devido às sequelas e 50% ficam dependentes de outras pessoas.
Apesar de atingir com mais frequência indivíduos acima de 60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças.
A Organização Mundial de AVC prevê que uma a cada seis pessoas no mundo sofrerá um episódio desta grave doença ao longo de sua vida.
No Brasil, o AVC é a causa mais frequente (10% do total) de óbito na população adulta. Segundos dados mais recentes do Ministério da Saúde, o SUS registra cerca de 190 mil internações para o tratamento de AVC e 40 mil mortes causadas pela doença.
No Dia Mundial de Combate ao AVC, saiba o que ele é
O Acidente Vascular Cerebral é um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Há dois tipos de AVC:
– AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando falta de circulação no seu território vascular. Representa 85% dos casos.
– AVC hemorrágico: é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue no interior do cérebro.
Saiba reconhecer os sinais de AVC, pois cada segundo é precioso
É muito importante que você conheça os sintomas do AVC, pois se uma pessoa os tiver a seu lado, quanto mais rápido ela for atendida maior será a chance de não ter sequelas.
Os primeiros sinais do AVC são:
- fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
- confusão, alteração da fala ou compreensão;
- alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Se você ou alguém ao seu lado tiver um destes sintomas, NÃO ESPERE MELHORAR! CORRA! Cada segundo é importante! Ligue já para o número 192 (SAMU).
Outra ação importante é anotar a hora em que os primeiros sintomas apareceram. Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4,5 horas do início dos sintomas um medicamento que dissolve o coágulo pode ser dado aos pacientes com AVC isquêmico, diminuindo a chance de sequelas.
Fatores de risco para o AVC
Há vários fatores de risco que podem contribuir para aumentar a possibilidade da pessoa sobre um AVC. Os fatores são:
Idade e sexo – a chance dele ocorrer cresce à medida que avança a idade. Pessoas do sexo masculino e raça negra têm maior tendência ao desenvolvimento desta doença.
História de doença vascular prévia – Quem já teve AVC, “ameaça de derrame” ou outra doença vascular, como infarto no coração e doença vascular obstrutiva periférica tem mais chance de ter AVC.
Doenças do coração – Elas, especialmente as arritmias (batimentos cardíacos desregulados), aumentam o risco de AVC. Outros problemas cardíacos que colaboram são doença nas válvulas e cardiopatia chagásica (Doença de Chagas).
Tabagismo – As substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro passam dos pulmões para a corrente sanguínea e circulam pelo corpo, afetando todas as células e provocando diversas alterações no sistema circulatório, afetando o cérebro, inclusive.
Hipertensão arterial – Conhecida como “pressão alta”, lesiona os vasos sanguíneos do cérebro e pode causar um AVC.
Diabetes – O excesso de açúcar no sangue, ou seja, o nível de glicose no sangue anormal causa alterações na pressão arterial.
Sedentarismo – atividade física colabora para reduzir o risco de doença vascular.
Dieta e colesterol – O excesso de gordura no sangue (dislipidemias), especialmente de colesterol, leva à formação de placas nas paredes das artérias. Isto as torna mais estreitas e reduz o fluxo sanguíneo, aumentando a chance de AVC.
Álcool e drogas – o consumo rotineiro de álcool pode levar à hipertensão e a níveis inadequados de colesterol no sangue, fatores de risco do AVC. O uso de cocaína ou crack é capaz de gerar lesão arterial e picos hipertensivos, sendo associado ao desenvolvimento de derrame.
Anticoncepcional – Seu uso pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes ou com hipertensão arterial ou com enxaqueca. É muito importante consultar o médico para que ele avalie a sua condição clínica e oriente da melhor maneira possível.
Fontes: Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) e Ministério da Saúde