Muitas pessoas já conhecem as campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul e, em meio a tantas cores, a saúde destaca em Março o Lilás e o Azul Marinho para alertar a população sobre o câncer de colo de útero e o câncer de cólon e retal.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que, por ano, 600 mil novos casos de cânceres são registrados no Brasil. Em sua última divulgação de estatísticas do país, de 2018/2019, o INCA contabilizou mais de 220 mil mortes pela doença entre homens e mulheres. Sem dúvidas, a prevenção e a conscientização do diagnóstico precoce são fundamentais para mudar essa realidade.
26 de março – Dia Nacional de Prevenção ao Câncer do Colo de Útero
A campanha Março Lilás vem lembrar sobre a importância da prevenção do câncer do colo de útero, terceiro tipo de câncer com maior incidência nas mulheres e o quarto que mais causa óbito entre elas. Essa campanha visa levar informação e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção contra o câncer de colo uterino, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica.
Sintomas: Corrimento vaginal anormal, com coloração e odores incomuns; sangramento vaginal durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa; dor durante a relação sexual ou na pelve; problemas urinários ou intestinais; perda de peso involuntária; anemia, devido ao sangramento frequente; dores nas costas ou nas pernas.
Prevenção: O vírus HPV (Papilomavírus Humano) é o responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero, por isso a medida preventiva mais recomendada é o uso da camisinha durante as relações sexuais para evitar esse tipo de vírus e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Diagnóstico: A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. O principal meio de diagnóstico precoce do câncer de colo de útero é o exame Papanicolau, que detecta lesões precursoras e acusa a presença da doença no organismo de maneira rápida e simples. O ideal é que mulheres entre 25 e 65 anos de idade que tenham/tiveram uma vida sexual ativa realizem o exame preventivo anualmente.
Tratamento: O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Entre os tratamentos estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, cada caso deve ser avaliado e orientado pelo médico especialista.
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27 de março – Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal
A campanha Março Azul Marinho é de conscientização contra o câncer de cólon e reto, ou colorretal. O movimento faz parte de uma ação global para chamar a atenção da sociedade para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de intestino.
Especialistas apontam que o risco de se desenvolver a doença aumenta com o envelhecimento. Apesar do câncer colorretal ocorrer em qualquer idade, a maior parte das pessoas atingidas possui entre 50 e 60 anos.O câncer de cólon e reto é o segundo mais frequente entre homens e mulheres segundo o INCA. Atinge mais de 40 mil brasileiros por ano e é o terceiro que mais mata entre os tipos de tumores malignos.
Sintomas: Diarreia ou constipação; sangramento ao evacuar; anemia sem causa aparente; desconforto abdominal, com gases e/ou cólicas; sensação de intestino vazio; vontade frequente de evacuar, mesmo com intestino vazio.
Prevenção: O câncer colorretal está relacionado a dietas não balanceadas, ricas em alimentos ultraprocessados, carnes vermelhas e processadas, e gorduras. Além da má alimentação, o sedentarismo, o tabagismo e alcoolismo também podem influenciar. Manter uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras e vegetais pode diminuir o risco de desenvolvimento dos tumores. Atividades físicas auxiliam no controle do peso, principalmente entre os homens, que têm maior propensão para desenvolver esse tipo de câncer.
Tratamento: O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. O tratamento das pessoas com tumores em estágios iniciais é menos agressivo e consiste na retirada do pólipo e das lesões através de colonoscopia ou pequenas cirurgias com ressecções locais. Quanto mais avançado o estágio do câncer, mais agressivo deve ser o tratamento, podendo ser necessárias radioterapia, quimioterapia e procedimentos cirúrgicos.
Fontes:
Instituto Nacional de Câncer (INCA);
Instituto Esperança (IESP);
Conselho Regional de Enfermagem (Coren).