A Hemofilia é uma doença genética que atinge cerca de 13 mil brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. No mundo, estima-se que são 400 mil hemofílicos, no entanto, estudo conduzido por canadenses aponta que o total pode ser três vezes maior, ou seja, mais de 1 milhão e 200 mil pessoas. No Brasil, a data é lembrada em homenagem ao cartunista Henfil, hemofílico, falecido nesta data, em 1988, aos 43 anos. Também tinha a doenças seus irmãos, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e o músico Chico Mário. Em consequência da doença, Betinho e Chico faziam transfusões de sangue constantemente, e contraíram o HIV, vírus da imunodeficiência, causador da Aids. Betinho faleceu aos 61 anos e Chico, com 39. O que é a hemofilia? A hemofilia é uma desordem hemorrágica hereditária ou adquirida, caracterizada pela ausência de proteínas no sangue responsáveis pelo processo de coagulação. A hemofilia hereditária tem tratamento profilático, disponibilizado pelo SUS. As pessoas apresentam sangramentos que demoram muito mais tempo para serem controlados pois o organismo não tem condições de produzir adequadamente o coágulo, que é responsável por estancar o sangramento. Há dois tipos de hemofilia, a genética (B) e a adquirida (A), esta última respondendo por 80% dos casos. A doença atinge principalmente os homens (98% do total de doentes). Hemofilia genética Seu portador já nasce com deficiência na atividade de um dos fatores (proteínas) responsáveis pela coagulação do sangue. A deficiência na atividade do fator VIII configura a hemofilia A, e a deficiência na atividade do fator IX configura a hemofilia B. Em 70% dos casos a mutação genética causadora da hemofilia já está presente na família e é transmitida pelas mães portadoras aos filhos. Nos outros 30%, a doença surge numa família sem histórico de hemofilia, sendo causada por uma mutação genética nova. Hemofilia adquirida A doença hemorrágica é adquirida ao longo da vida. De origem autoimune, raramente há história familiar e está ligada à produção de auto-anticorpos anti-FVIII. Ou seja, o corpo da pessoa, passa a produzir, num determinado momento, anticorpos contra o fator VIII que ela mesma produz e, por isso ela passa a ter sangramentos. Este tipo de hemofilia se caracteriza por morbilidade e mortalidade significativas, causando sintomas hemorrágicos geralmente graves, o que exige diagnóstico e tratamento o mais breve possível. A hemorragia adquirida ocorre em ambos os sexos, principalmente em idosos. Mulheres jovens no período pós-parto, pessoas com câncer ou doenças autoimunes também estão entre as mais suscetíveis. Sintomas da hemofilia São sangramentos prolongados, que podem ser externos ou podem ocorrer sob a pele (manchas roxas ou equimoses), nos músculos (hematomas musculares) ou nas articulações (hemartroses). Dores e inchaço nas articulações ou nos músculos, acompanhados de perda da mobilidade do membro acometido podem também ser sinais de sangramentos provocados pela hemofilia. As articulações mais afetadas são tornozelos, joelhos e cotovelos. Mas também podem ocorrer sangramentos no quadril, ombro e punho. Muitas vezes estes são os primeiros sintomas que uma criança com hemofilia apresenta quando tem um sangramento. Como a coagulação é muito lenta, se o sangramento não for tratado em tempo hábil, pode ocorrer grande derramamento de sangue dentro das articulações provocando inchaço e dor na região onde houve o sangramento. Diagnóstico e tratamento da hemofilia É realizado por um hematologista, especialista em hemostasia, através de exames de sangue específicos e das informações sobre o histórico do paciente. Fontes: Abraphem (Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia), Ministério da Saúde, UOL e site Brasil Escola.
Você sabia que quase 1 bilhão de pessoas vivem com transtorno mental? Que 3 milhões morrem todos os anos devido ao uso nocivo do álcool, que muitas vezes é causado por algum transtorno que a pessoa nem sabe que tem? Você sabia que uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio? Esses são dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ela aponta que, com os reflexos da pandemia, esses números devem piorar. Os transtornos mentais representam hoje um dos principais desafios para os órgãos de saúde. Estima-se que 30% dos adultos em todo o mundo atendam aos critérios de diagnóstico para qualquer transtorno mental. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina Social, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro mostra que no Brasil os transtornos depressivos e ansiosos correspondem, respectivamente, pela quinta e sexta causa de anos vividos com incapacidade. É inevitável falar sobre a Covid-19 quando o assunto é saúde mental. Todos nós, de alguma forma, sentimos os impactos da pandemia e tivemos que nos acostumar com as drásticas mudanças, com as inúmeras restrições e, em meio a tudo isso, buscar um equilíbrio entre a adaptação da nova rotina de vida e a insegurança dos números da pandemia que crescia exponencialmente a cada dia. O Instituto de Moléstias Cardiovasculares e o Hospital do Coração lançam este mês a Campanha Janeiro Branco, que alerta para os cuidados com a saúde mental. Assim como o Setembro Vermelho, o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o Janeiro Branco é um mês dedicado à alertar a sociedade como um todo da importância de prevenir doenças, nesse caso, do cérebro. A Campanha Janeiro Branco busca a promoção de saúde emocional na vida de todos, criando estratégias para que o adoecimento emocional seja prevenido, conhecido e combatido em todos os campos. Nossa campanha é dedicada a mostrar que nossas vidas estão estruturadas com base em questões mentais, sentimentais, emocionais e comportamentais, sendo assim, precisamos nos dedicar aos cuidados com a mente em nosso cotidiano, para não sermos vítimas de nós mesmos. Esse ano, em especial, nossa campanha alerta sobre os impactos do estresse causado pela pandemia, inclusive como podem se desdobrar em outras doenças. Segundo uma pesquisa feita na Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, Estados Unidos, situações estressantes provocam uma produção excessiva de glóbulos brancos no organismo. Essas células, que fazem parte do sistema imunológico, quando produzidas em excesso, podem se acumular nas paredes das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e favorecendo a formação de coágulos – elevando, assim, o risco de doenças cardiovasculares. De forma resumida, o estresse também pode levar a um infarto ou a um acidente vascular cerebral (AVC). Durante todo o mês de janeiro, nossa instituição divulgará em suas redes sociais e site dicas e informações sobre o assunto para alertar a população. Além de realizar internamente uma série de ações para promover a saúde mental do nosso colaborador, afinal, quem cuida da mente, cuida da vida, e cuidar é o nosso compromisso. Faça o download do folder da Campanha Janeiro Branco 2021: Cartilha Janeiro Branco
Ao longo do ano inteiro buscamos diversas formas para manter uma alimentação saudável e balanceada para evitar as doenças cardiovasculares, mas com as festas de Natal e Ano Novo vêm as tentações, alimentos gordurosos, excessos de açucares e de bebidas alcoólicas. Em meio a diversão e comemoração é difícil evitar, mas existem opções que podem deixar a ceia agradável e saborosa, sem prejudicar a saúde. Aquela farofa deliciosa não pode faltar na ceia de Natal, mas podemos substituir os embutidos, como o bacon – que é rico em gordura saturada e em excesso pode estar associado a obesidade e hipertensão arterial – pela amêndoa, que além de ser fonte de vitaminas e fibras reduz os níveis do colesterol ruim e eleva o colesterol bom no sangue. 1. Evite carnes temperadas e embutidos As famosas aves de Natal, em sua maioria, já vêm temperadas de fábrica. Esses alimentos costumam ser ricos em sódio, além de outras substâncias sintéticas, como aditivos alimentares, corantes, aromatizantes, conservantes e realçadores de sabor. Dê preferência por carnes sem temperos prontos, faça seu próprio tempero com produtos naturais. 2. Cuidado com o excesso das Oleaginosas As famosas sementes de cascas duras, consumidas amplamente no Brasil e no mundo, como amêndoas, avelãs, castanha-do-brasil, castanha de caju, macadâmia e noz, são consideradas saudáveis, pois têm grande quantidade de gordura poli-insaturada e altos teores de antioxidantes, proteínas, minerais e fibras. Mas seu consumo em excesso pode gerar ganho de peso, então cuidado com a quantidade. 3. Modere o consumo de bebidas alcoólicas e refrigerantes O Natal e o Ano Novo acontecem em pleno verão no Brasil e por isso as bebidas reinam durante as festas. O alto teor calórico dos refrigerantes e o álcool dos vinhos e espumantes aumentam o risco de doenças cardiovasculares e, por isso, devem ser consumidos com moderação. Uma ótima opção para substituir essas bebidas são os drinks de frutas não alcoólicos e sucos naturais, que refrescam e são saudáveis. 4. Açúcar: fuja desse vilão O excesso de açúcar pode resultar em diabetes, obesidade e aumentar o nível de triglicérides, ou seja, está associado a três fatores de risco que podem desencadear doenças cardiovasculares. É inevitável, o açúcar com certeza estará presente na sua ceia, seja no famoso panetone ou na rabanada, nas tortas, em sorvetes, em bebidas e até na uva passa. Nesse caso, uma boa dica é evitar sobremesas industrializadas, dar preferência para as frutas e sempre buscar a moderação. 5. Faça você mesmo Mais do que substituir produtos industrializados e ultraprocessados, as confraternizações de final de ano são uma excelente oportunidade para botar a mão na massa e preparar os alimentos em casa, em família. Nada melhor do que saber exatamente quais produtos foram usados, de que forma foram preparados e poder adaptar algumas receitas para tornar sua ceia ainda mais saudável.
Saúde é assunto de interesse público, seja qual for a classe social ou o nível de instrução de quem consome notícia. Com avanços de tratamentos e descobertas tecnológicas, temas que envolvem a medicina rendem cada vez mais audiência e é dever do profissional da saúde estar bem instruído para transmitir informação de forma clara, responsável e de acordo com o Código de Ética Médico. Saiba mais nesse eBook!