Apesar de ser considerada uma doença sem cura, a asma pode ser controlada, desde que a pessoa tenha acompanhamento médico, seguindo suas recomendações. Infelizmente, muitas não o fazem e o Brasil registra uma média de três mortes por dia e mais de 120.000 hospitalizações por ano causadas por esta doença, segundo o Ministério da Saúde. Também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”, ela é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que se caracteriza pela dificuldade de inspirar e, principalmente, de expirar o ar. Fatores A asma é desencadeada por fatores alergênicos, como poeira, ácaro, pelos de animais, fumaça, mofo, perfume, produtos químicos e medicamentos, mas também pode estar relacionada a mudanças climáticas, exercício físico intenso ou estresse emocional. Os pacientes devem evitar alguns alimentos como chocolates e doces, comidas condimentadas, leite, café, frituras e alimentos gordurosos, entre outros. Origem A origem da asma é hereditária e alguns dos fatores que podem agravar a doença são a insônia e a obesidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as crises de asma são mais frequentes em pacientes que têm problemas para dormir. Além disso, pessoas que sofrem de asma e insônia costumam ter mais depressão e sintomas de ansiedade. O asmático, no entanto, tem condições de ter qualidade de vida normal, se tratamento adequadamente, com acompanhamento médico para o controle dos sintomas. O paciente tem condições de realizar a imensa maioria das atividades cotidianas sem restrições ou limitações, exceto aquelas ligadas a fatores desencadeantes de crise. A prática de atividade física é importante, mesmo que haja necessidade de uso de medicamento antes dela para evitar a asma induzida por exercícios. Quais os sintomas e sinais da asma? Falta de ar, chiado e aperto no peito, tosse seca e persistente e fôlego curto são alguns dos sintomas da doença. Eles podem estar combinados ou ocorrer isoladamente. Assim, uma criança que tem tosse crônica pode ter asma. A falta de ar durante a prática exercícios físicos é outra manifestação da doença. Como se prevenir da asma ou atenuar seus efeitos e crises? O ambiente deve ser o mais higiênico possível, visando restringir o contato do paciente com elementos desencadeantes de crise, sejam alérgenos ou irritantes. Recomenda-se não ter fumantes no ambiente domiciliar. Mantenha os animais devem fora de casa, ou no mínimo, não os deixe entrar nos quartos de dormir. Colchões e travesseiros devem ser forrados com material impermeável e este forro precisa ser lavado periodicamente. Alguns desinfetantes podem reduzir a proliferação de ácaros em casa. Combata as baratas, pois elas estão relacionadas à alergia e maior gravidade da asma. Seguir as recomendações de higiene ambiental e utilizar corretamente os medicamentos prescritos são fundamentais para prevenir as crises de asma. Como é feito o diagnóstico da asma? O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, pela história que o paciente conta para o médico, por alguns achados durante o exame, como a insuflação exagerada do tórax, chiado, presença de rinite alérgica e história familiar de doenças alérgicas e asma. Exames para alergia e provas de função respiratória são auxiliares no diagnóstico. Como é o tratamento da asma? O tratamento é baseado nas medidas de higiene do ambiente, medicamentos e vacinas para alergia. Os medicamentos disponíveis são divididos em: drogas de alívio (para crises) e profiláticas (manutenção). A melhor forma de utilizar os medicamentos é a inalatória, pois assim são inalados diretamente para o local da reação e podem ser usados em doses menores que as necessárias por outras vias. Fontes: Ministério da Saúde, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
A hemofilia é uma doença genético-hereditária, ou seja, é transmitida de pai para filho. Ela atinge cerca de 350 mil pessoas no mundo, quase que exclusivamente indivíduos do sexo masculino. Mulheres raramente apresentam manifestações da doença. Dos pacientes com hemofilia, 70% têm histórico familiar da doença e os outros 30% são causados por uma nova mutação. A hemofilia causa um défice ou ausência de um dos fatores de coagulação necessários para o organismo interromper uma hemorragia, chamado “cascata de coagulação”. A diferença entre uma pessoa saudável e quem tem hemofilia é que quem possui a doença sangra por mais tempo. Tipos de hemofilia A hemofilia é classificada em 2 tipo: Tipo A e Tipo B. Hemofilia Tipo A: quando o fator de coagulação afetado (em défice ou ausente) é o fator VIII (fator 8). É a mais frequente e atinge entre 80 e 85% dos doentes. Hemofilia Tipo B: quando o fator de coagulação afetado (em défice ou ausente) é o fator IX (fator 9). Atinge entre 15 e 20% dos casos de hemofilia. Medula óssea: Entenda a importância da doação. CLIQUE AQUI. Gravidade da hemofilia Existem também 3 níveis de gravidade da doença, quanto menor for a quantidade de fator de coagulação disponível, maior é a gravidade da hemofilia. Hemofilia Ligeira – Quando o paciente possui de 5% e 40% do valor normal do fator de coagulação. Os sangramentos espontâneos são muito raros nesses casos e as hemorragias graves só ocorrem em consequência de um ferimento grave ou de uma complicação durante uma cirurgia. Hemofilia Moderada – Quando o paciente possui de 1% a 5% do valor normal do fator de coagulação. Os sangramentos espontâneos são pouco frequentes, porém algumas hemorragias graves podem ocorrer por consequência de algum ferimento. Hemofilia Grave – Quando o paciente tem valor de fator de coagulação inferior a 1% do valor normal. Esses casos exigem mais cuidados e maior controle. Os sangramentos espontâneos nos músculos e articulações ocorrem com mais frequência e a partir de ferimentos leves podem originar hemorragias graves. Sintomas da doença Os sinais e sintomas da hemofilia estão ligados diretamente à gravidade da doença. Os primeiros sinais surgem na infância nos casos de hemofilia grave, com a presença frequente de machas escuras na pele e sangramentos do nariz. No caso da hemofilia ligeira ou moderada, os sintomas podem tardar a aparecer como, por exemplo, quando a criança começa a caminhar, correr ou apenas quando acontecer um ferimento mais grave. Tratamento do paciente com hemofilia A enfermeira do Hemocentro de São José do Rio Preto, Carla Carolina Martinelli, conta que o tratamento não é feito com transfusão de sangue, como muitas pessoas acreditam. “Na verdade, é realizada a terapia de reposição do fator de coagulação nos pacientes". O Ministério da Saúde fornece as medicações para o tratamento da hemofilia, que são distribuídas gratuitamente pelos Hemocentros. O Hemocentro de São José do Rio Preto atende atualmente 95 pacientes portadores de hemofilia, 77 pacientes com hemofilia do Tipo A e 18 pacientes com hemofilia do Tipo B. Durante o tratamento da hemofilia, o paciente e sua família também recebem um conjunto de vários serviços, informações e apoio multiprofissional. Em caso de dúvidas ou para receber mais informações acesse o site do HEMOCENTRO RIO PRETO. Fontes: Unidos pela hemofilia; Hemocentro São José do Rio Preto; Site Drauzio Varella.
A Doença de Chagas permanece como um grande problema de saúde nos países da América Latina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja aproximadamente de 16 a 18 milhões de pacientes infectados, dos quais 25% a 35% desenvolverão alterações cardiovasculares na fase crônica da infecção. Por não haver um tratamento específico para combater o problema, os médicos fazem uso de remédios que ajudam a controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida dos seus pacientes e, em alguns casos, recuperar lesões causadas pela infecção, como indica o médico cardiologista Dr. João Daniel Bilachi Pinotti. “É importante ressaltar as manifestações clínicas quando há o acometimento crônico do coração, no qual o paciente desenvolve uma insuficiência cardíaca e o sintoma principal é a falta de ar. Nesse caso, o tratamento da Doença de Chagas é exatamente o mesmo da insuficiência cardíaca. O que temos hoje no mercado são medicamentos que diminuem a progressão da doença, mas não a curam. Em alguns casos, podem também apresentar um remodelamento reverso, ou seja, o local no coração lesionado pela doença pode se restabelecer. Claro que isso são resultados recentes e ainda estão sendo analisados em estudos, mas o cenário se mostra muito promissor”. De fato, uma nova pesquisa pode mudar esse cenário. Liderados pelo Laboratório de Biologia das Interações do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), os estudos apontam um possível caminho para o desenvolvimento de novas terapias para os danos cardíacos da Doença de Chagas. Segundo o estudo, reduzir os níveis de uma substância inflamatória – o fator de necrose tumoral – impede a progressão e consegue até mesmo recuperar lesões no coração. O trabalho, realizado em colaboração com o Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas do IOC/Fiocruz e a Universidade Federal Fluminense (UFF), foi publicado na revista científica internacional Mediators of Inflammation. A Doença de Chagas possui duas fases distintas: a aguda e a crônica. Em cada uma delas o indivíduo apresenta distintos sintomas. Check-up cardiológico: Entenda sua importância na prevenção das doenças cardiovasculares. CLIQUE AQUI. FASE AGUDA Logo após a infecção, os pacientes apresentam um número elevado de parasitas no sangue e podem ter sintomas como febre, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e nas pernas. Nesta fase da doença, o tratamento com medicamento é capaz de matar os protozoários. Mas, em muitos casos, a fase aguda é assintomática e, por isso, a infecção só é diagnosticada na fase crônica. FASE CRÔNICA Nesta fase, os parasitos se alojam nos músculos do coração e do aparelho digestivo. Os pacientes podem permanecer anos sem sintomas, mas as lesões causadas nos órgãos vão se acumulando e, em 30% dos casos, os indivíduos apresentam complicações cardíacas, enquanto 10% têm problemas digestivos. O adoecimento cardíaco da doença, na fase crônica, acomete morbidades e relevantes índices de mortalidade, o que faz da doença à principal causa de cardiomiopatia não-isquêmica na América Latina. “O paciente que possui a forma crônica da Doença de Chagas, que não adere ao tratamento ou não possui um diagnóstico preciso, passa por constantes internações, o que acaba fragilizando ainda mais seu quadro e prejudicando sua qualidade de vida. Os sintomas são basicamente tudo o que envolve a insuficiência cardíaca. O paciente convive com a dispneia (falta de ar) e, além do tratamento medicamentoso, precisa de acompanhamento médico frequente”, explica o cardiologista sobre os malefícios da Doença de Chagas. O QUE É A DOENÇA DE CHAGAS? A doença é causada por um protozoário chamado Trypanossoma cruzi. Apesar de muitas pessoas acreditarem que a transmissão da doença de chagas se dá pela picada do barbeiro, na verdade, ela é causada através das fezes do barbeiro, contaminadas pelo parasita. Quando a pessoa é picada e coça esse local, pode levar as fezes do inseto para a região da ferida, que entra na corrente sanguínea e causa a doença. Os sintomas da Doença de Chagas são: febre, mal-estar, inchaço localizado no local da picada do barbeiro, inchaço dos olhos, dor no corpo, dor de cabeça, cansaço, náusea e vômitos, diarreia, nódulos espalhados pelo corpo e vermelhidão pelo corpo. Algumas complicações da doença de chagas também incluem problemas digestivos, meningite, problemas no coração e a constipação crônica. O diagnóstico da doença é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados. Porém, como a maioria dos sintomas são comuns e às vezes até imperceptíveis, o indivíduo pode vir a descobrir que tem a doença 20 ou 30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de rotina ou ao apresentar complicações da doença. CHAGAS NO BRASIL E NO INTERIOR DE SÃO PAULO Segundo o Dr. João Daniel Bilachi Pinotti, São José do Rio Preto faz parte de uma região que foi muito endêmica na década de 1960 a 1980 e por isso hoje o médico acompanha muitos pacientes acometidos pela doença. “Isso acontece porque o diagnóstico, na maioria das vezes, é realizado de forma tardia, principalmente pelo fato de a doença ser assintomática na fase aguda, com repercussão clínica após décadas. Por isso é tão importante realizar consultas de rotina com um cardiologista desde o início da vida adulta. Uma vez diagnosticada a doença, iniciamos o tratamento e otimizamos os resultados a longo prazo, possibilitando mais qualidade de vida ao paciente”, afirma o cardiologista. A OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) certificaram o Brasil em 2006 por ter conseguido interromper a transmissão da Doença de Chagas pela espécie de barbeiro, mas, segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos estão surgindo novos casos da infecção devido a uma forma diferente de transmissão, ligada à contaminação de alimentos. Os registros seriam de pessoas que consumiram suco de açaí e caldo de cana, as bebidas teriam sido contaminadas pelo Trypanossoma cruzi quando barbeiros infectados foram moídos acidentalmente junto com os alimentos. Fonte: Portal Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) Artigo Científico da Mediators of Inflammation: Tumor Necrosis Factor Is a Therapeutic Target for Immunological Unbalance and Cardiac Abnormalities in Chronic Experimental Chagas’ Heart Disease. https://www.hindawi.com/journals/mi/2014/798078/ Portal da Doença de Chagas – Fiocruz
Cuidar do corpo e da mente e mantê-los em atividade tem sido um desafio enorme nestes tempos de pandemia do coronavírus. Mesmo com as dificuldades, devemos e podemos buscar formas de estarmos bem. Uma delas, e das mais eficazes – claro! – é a prática de atividade física. Entenda atividade física de uma maneira bem mais ampla, ou seja, como qualquer movimento corporal que consome energia. Ela pode ser divertida e praticada de várias maneiras como, por exemplo, ir a pé ou de bicicleta ao supermercado, praticar atividades durante o trabalho, tarefas domésticas, assim como esportes e exercícios formais. Uma equipe para te ajudar! Todos nós devemos nos empenhar em procurar maneiras de ter saúde e qualidade de vida. Os clientes da AUSTAclínicas contam com uma grande aliada para isso – a Unidade de Saúde Integrada. A USI AUSTA conta com uma equipe multiprofissional voltada à promoção da saúde e prevenção, em ambiente planejado para que os clientes sejam atendidos por médicos clínicos, pediatras, geriatras, oncologistas e psiquiatras. A equipe também atende e está sempre à disposição dos clientes através de recursos online (telemedicina). A pandemia inviabilizou as atividades presenciais, mas não impediu que os profissionais da USI AUSTA pudessem oferecê-las aos clientes, e a toda comunidade, através de aulas disponíveis no canal do youtube. Treino funcional para idosos Treino funcional para adultos Zumba “Devemos cuidar da nossa saúde adaptando nossas rotinas ou mudando hábitos com o ‘novo normal’ que estamos vivenciando. Podemos preservar nossa saúde, mantendo uma rotina saudável de alimentação, sono e atividade física”, ressalta a enfermeira Ana Carolina de Castilho, gestora assistencial da USI AUSTA. Praticar atividade física resulta em inúmeros benefícios para a saúde. Reduz o risco de doenças cardíacas, pressão arterial alta, diabetes, câncer de mama e do cólon (intestino), infarto, ganho de peso, quedas e depressão, dentro outros. Além disso, dá uma sensação de bem-estar e prolongar a vida. Vários estudos comprovam que pessoas que se exercitam por 30 minutos, várias vezes por semana, vivem mais do que as sedentárias. Veja abaixo algumas maneiras de manter-se ativa(o) Caminhe de um lugar a outro ou use bicicleta; Tenha um trabalho ativo em casa, tal como jardinagem e tarefas domésticas; Brinque com as crianças de esconde-esconde, pega-pega; Faça atividades planejadas, estruturadas, repetitivas e que tenham algum propósito, por exemplo, academia, dançar, nadar, praticar esportes com bola; Escolha atividades com as quais tenha prazer; Não tema fazer coisas novas; Experimente ou mude a atividade, caso sinta-se entediada (o); Pratique uma atividade em que toda a família ou amigos possam se divertir juntos; Torne a atividade parte de sua rotina: caminhe um quarteirão (uma quadra) a mais a cada dia ou use a escada ao invés do elevador; Se o trabalho exige que fique sentada(o) por horas, fique em pé, movimente seus braços e pernas, respire profundamente, faça exercícios e alongamentos que o ambiente permita. Se o trabalho é fisicamente ativo e pesado, faça intervalos regulares para movimentar o seu corpo de maneiras diferentes Estabeleça para si metas realistas e de curto prazo a serem atingidas; à medida que avançar, estabeleça novos objetivos * Orientamos que sejam cumpridos todas as recomendações dos órgãos de saúde para o enfretamento ao coronavírus. * Mantenha a saúde em dia e procure um atendimento médico caso sintomas de doenças persistirem. Fontes: guia Plano de Melhoria da Saúde, do Ministério da Saúde, e blog da Abramge - Associação Brasileira de Planos de Saúde.