A psoríase é uma doença autoimune, inflamatória, não contagiosa, na qual as células da pele se acumulam e formam escamas e manchas secas que causam coceira. Segundo estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, 1,3% da população brasileira é atingida pela psoríase. Entre 20 e 30% dos pacientes apresentam formas moderadas a graves da psoríase, que necessitam de terapia sistêmica.
A psoríase é uma doença de pele comum, porém não contagiosa, que provoca o aparecimento de lesões de aspecto variado, distribuídas por várias partes do corpo. Embora sua causa seja desconhecida, está relacionada à transmissão genética (30% dos pacientes têm histórico familiar) e requer fatores desencadeantes para aparecer ou piorar.
A doença pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum entre os 20 e 40 anos. A psoríase é cíclica, ou seja, seus sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
- Pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós-lesões;
- Pele ressecada e rachada, às vezes com sangramento;
- Coceira, queimação e dor;
- Unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes;
- Inchaço e rigidez nas articulações.
Tipos de psoríase
Existem vários tipos de psoríase e a intensidade da doença também pode variar:
Em placas ou vulgar: forma placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Quando grave, a pele em torno das articulações pode rachar e sangrar.
Ungueal: afeta as unhas das mãos e dos pés que podem chegar a descolar do leito ungueal.
Do couro cabeludo: surgem áreas avermelhadas com escamas espessas, principalmente após coçar. Assemelha-se à caspa.
Gutata: geralmente é desencadeada por infecções bacterianas. Apresenta pequenas feridas em forma de gota no tronco, braços, pernas e couro cabeludo.
Invertida: atinge principalmente áreas úmidas como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos genitais.
Pustulosa: podem ocorrer manchas, bolhas ou pústulas (bolha que parece conter pus) em todas as partes do corpo. Pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga.
Eritodérmica: acomete todo o corpo com manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente.
Artropática: além da inflamação na pele e da descamação, causa fortes dores nas articulações.
Tratamento
O tratamento da psoríase é indicado conforme a manifestação e a gravidade de cada caso. A maioria dos pacientes é tratada com medicações tópicas de uso local. Os casos mais graves podem receber medicação oral ou injetável.
A exposição moderada ao sol e a hidratação constante da pele favorecem o sucesso da terapia. Como a psoríase está associada a fatores emocionais é importante que os pacientes evitem o estresse. Pessoas que possuem histórico familiar da doença devem ter atenção redobrada a possíveis sintomas e consultar um dermatologista para uma avaliação preventiva.
Fontes – Sites: Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Sociedade Brasileira de Dermatologia; e Psoríase Brasil.