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Câncer Infantil: Prevenção é essencial para aumentar chances de cura

Primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer infantil tem o seu Dia Nacional nesta próxima terça-feira (23 de novembro). Entre 2020 e 2022, são esperados 25 mil novos casos, dos quais, cerca de 7.000 resultarão em morte. “Muitos desfechos tristes poderiam ser evitados, pois, em 80% dos casos, há chances de cura, se a doença for diagnosticada precocemente”, ressalta a médica oncologista Bárbara C. Benetton Pinto, coordenadora do Serviço de Oncologia do Austa Hospital. Diferentemente do que pode acontecer com adultos, no entanto, o estilo de vida geralmente não tem influência no desenvolvimento de cânceres no público infantil, por isso é tão imperioso reforçar o a importância do diagnóstico precoce para salvar vidas. Os cânceres em crianças e adolescentes são considerados mais agressivos e se desenvolvem rapidamente, explica a oncologista do Austa Hospital. “Por outro lado, eles respondem melhor ao tratamento com quimioterapia e as chances de cura são maiores, se comparado com os adultos. Por isso, é vital que a doença seja descoberta o quanto antes”, alerta a médica. O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles). Queixas persistentes são o principal sinal do câncer infantil O grande problema é que, muitas vezes, os sinais e sintomas do câncer são similares aos de outras doenças comuns. “Pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes e profissionais de saúde devem, portanto, estarem bastante atentos aos sintomas e não descartar a possibilidade de câncer”, alerta Dra. Bárbara. A oncologista do Austa Hospital cita entre os principais sintomas febre, dores pelo corpo, dores ósseas, pequenos sangramentos embaixo da pele, palidez, alterações oculares e neurológicas, aparecimento das massas palpáveis em qualquer parte do corpo e o aumento de linfonodos (ou gânglios linfáticos), como são chamadas as pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nocivas e estão espalhadas pelo organismo.

Entenda o que é dislexia, como diagnosticar e tratar esse distúrbio de aprendizagem

A dislexia é um transtorno genético manifestado pela dificuldade na aprendizagem da leitura, independente da qualidade de instrução, inteligência e oportunidades do indivíduo. É um transtorno relativamente comum e ainda subdiagnosticado, que acomete cerca de 10% a 15% da população mundial, sendo que aproximadamente 4% apresentam dificuldades acentuadas no aprendizado. Existem algumas personalidades bastante conhecidas que eram disléxicos, como Winston Churchill, Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Pablo Picasso, Steven Spielberg e Walt Disney. Para entender melhor o que é a dislexia, como diagnosticá-la e tratá-la, a neurologista Dra. Marina Mamede Pozo responde algumas perguntas sobre o assunto.   Existem tipos diferentes de dislexia? Há várias classificações para a dislexia. Uma das mais simples se baseia nas capacidades do indivíduo afetado, variando entre memória visual boa (capacidade de lembrar das letras e imagens) e memória auditiva pobre (não se lembra do que acabou de ler); memória auditiva boa e visual pobre; e um quadro misto, que pode atingir diversos graus de severidade.   Qual ou quais as causas da dislexia? Diversos estudos apontam que o transtorno é causado por fatores genéticos e ambientais, podendo se manifestar em pessoas predispostas ou que apresentaram problemas no parto ou oportunidade educacional inadequada, por exemplo. Estudos da anatomia cerebral mostram anormalidades principalmente no lobo temporal e tálamo das pessoas afetadas, assim como do cerebelo.   Quais os sintomas do transtorno? Normalmente as famílias procuram o consultório relatando que a criança não gosta de ler e/ou escrever, mas é capaz de realizar todas as outras tarefas. Em muitos casos, há confusão com outro transtorno de aprendizagem: O déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), pois, ao se deparar com as dificuldades, a criança perde o interesse em realizá-la. O transtorno pode causar ansiedade e afetar a autoestima da criança e do adulto acometidos, gerando problemas que podem persistir por toda a vida se não tratado adequadamente.   Você sabia que meditação faz bem às crianças? CLIQUE AQUI!   Como diagnosticar a dislexia? Para o diagnóstico é importante a consulta com neuropediatra e fonoaudiólogo, assim como avaliação psicopedagógica, pois normalmente há vários fatores que podem ser confundidos no início do quadro. Não há exames específicos para o diagnóstico além da avaliação clínica cuidadosa.   Quais os tratamentos? O tratamento se baseia na reeducação da linguagem escrita, realizada por profissionais de psicopedagogia e fonoaudiologia treinados para abordar o transtorno.   Dislexia tem cura? Não há cura para a dislexia, mas, com acompanhamento adequado, pode-se minimizar o sofrimento das pessoas acometidas.   Para saber mais sobre a dislexia acesse o site Associação Brasileira de Dislexia. Em caso de dúvida não deixe de procurar orientação médica.

Pneumonia: tratamento e prevenção, mitos e verdades

A pneumonia é uma doença respiratória, em geral causada por agentes infecciosos. Apesar de ser bastante conhecida, ainda gera muitas dúvidas sobre suas causas e tratamento. A pneumologista Dra. Mariana Bilachi Pinotti esclarece todos os mitos e verdades sobre a pneumonia, formas de tratamento, prevenção e fatores de risco na entrevista a seguir. O que é? Pneumonias são processos inflamatórios/infecciosos que se instalam nos pulmões. Elas podem acometer a região dos alvéolos pulmonares (ramificações terminais dos brônquios) e, às vezes, o interstício (espaço entre um alvéolo e outro).   Qual a causa da pneumonia? Basicamente, a pneumonia é provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante, podendo ser bactérias, vírus, fungos ou reações alérgicas no espaço alveolar, local onde ocorre a troca gasosa.   Quais os sintomas? Febre Tosse Dor no tórax. Alterações da pressão arterial. Confusão mental. Mal-estar generalizado. Falta de ar. Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada. Prostração. Perda ou diminuição do apetite.   Como diagnosticar a pneumonia? O diagnóstico é feito através do histórico clínico detalhado dos sintomas do paciente (anamnese), exame clínico, ausculta dos pulmões e radiografias de tórax, além de exames laboratoriais como: hemograma e PCR (proteína c reativa). Em casos mais específicos, a tomografia de tórax é necessária.   Quais os fatores de risco? Tabagismo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos. Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório. Ar-condicionado sem higienização adequada ou sem controle da umidade do ar no ambiente. Gripes malcuidadas; mudanças bruscas de temperatura; doenças pulmonares crônicas pré-existentes, por exemplo, a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).   Você sabia que fumantes têm mais chance de complicações da Covid-19? Clique aqui e saiba mais.   Qual o tratamento? A pneumonia é tratada com antibióticos, com melhora progressiva dos sinais e sintomas. A internação hospitalar com antibioticoterapia endovenosa pode ser necessária em casos de maior gravidade, ou em pacientes que já tenham outras comorbidades (doenças crônicas).   Recomendações para prevenir pneumonias Não fumar. Evitar bebida alcóolica. Observar as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado. Procurar não se expor a mudanças bruscas de temperatura. Ter uma alimentação saudável e balanceada. Hidratação adequada. Praticar atividade física. Vacinação. Procurar atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia para diminuir a probabilidade de complicações.   Mitos e verdades sobre a pneumonia: O frio causa pneumonia? Não. É necessário um agente externo, como uma bactéria ou um vírus, para que exista a doença. O que ocorre é que, no frio, as pessoas ficam mais tempo em lugares fechados com aglomerações, o que facilita a transmissão do micro-organismo irritante de uma pessoa para outra.   Quem tem asma tem mais chance de ter pneumonia? Não. Mas pacientes que apresentam doenças pulmonares pré-existentes têm mais chances de ter complicações em decorrência de uma pneumonia.   Pneumonia é uma doença contagiosa? Alguns tipos de pneumonia, como as causadas por vírus, são mais facilmente transmitidas de uma pessoa para outra. Já no caso das bacterianas, que são as mais comuns, a transmissão é mais difícil, mas também pode ocorrer, dependendo principalmente do estado de vulnerabilidade de cada pessoa.   Uma gripe pode se transformar em uma pneumonia? Sim. Uma gripe mal curada pode sim evoluir para alguma complicação, e uma dessas complicações é uma pneumonia.   Sempre é necessário internação em caso de pneumonia? Não. Esta impressão é comum, porque quando a doença acomete idosos, recém-nascidos ou pacientes que já tenham doenças que comprometem o sistema imunológico, a conduta é mais frequente, já que essa população sofre maior risco de ter complicações decorrentes da pneumonia. Em muitos casos, porém, basta tomar os medicamentos prescritos em casa, conforme a indicação médica.

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