Entrevista com o cardiologista Prof. Dr. Adalberto M. Lorga Filho O coração funciona como uma espécie de bomba que garante o impulsionamento do sangue para todo o corpo e a frequência desse bombeamento é fundamental para que o oxigênio e os nutrientes sejam distribuídos e atendam às necessidades do organismo. Quando ocorre uma mudança na frequência do ritmo de bombeamento, os batimentos cardíacos ficam desordenados, às vezes mais lentos ou mais rápidos, e a essa variação se dá o nome de arritmia. Na entrevista com o cardiologista Prof. Dr. Adalberto M. Lorga Filho, responsável pelo Setor de Arritmia Clínica, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca do Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC) e do Setor de Eletrofisiologia do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de Rio Preto (FAMERP), vamos saber mais sobre a doença, seus sintomas e tratamentos. O que é Arritmia Cardíaca? Arritmia é um termo genérico e abrangente que engloba qualquer tipo de variação anormal do ritmo cardíaco. Como o paciente desenvolve a Arritmia Cardíaca? As arritmias cardíacas podem ser secundárias a problemas cardíacos prévios como infarto, insuficiência cardíaca e doenças congênitas cardíacas. Também podem ser decorrentes de alterações elétricas primárias do coração, algumas vezes de origens genéticas e outras que não apresentam causas especificas, sendo chamadas de idiopáticas. Quantos tipos de Arritmias existem? Quais são os principais? Temos muitas formas de arritmias, mas basicamente elas se dividem em Bradiarritmias (arritmias que provocam o alentecimento dos batimentos cardíacos) e as Taquiarritmias (arritmias que aceleram os batimentos cardíacos de forma anormal). O que caracteriza a Arritmia? Arritmia de forma geral é caracterizada por qualquer alteração anormal do ritmo cardíaco. Quais são os sintomas? O quadro clínico das arritmias pode variar muito, desde formas assintomáticas até causarem morte súbita como sua primeira manifestação. Normalmente os sintomas mais frequentes relacionados às arritmias são palpitações, cansaço, tonturas, ameaça de desmaios e menos frequentes os desmaios, os quais apresentam maior gravidade. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico, quando o paciente apresenta sintomas, deve ser realizado pelo médico através de uma avaliação clínica detalhada e confirmada com exames indicados para cada caso. Entre os exames para diagnóstico, o principal ainda é o Eletrocardiograma. Entretanto, exames como Holter, teste de esforço e até exames mais invasivos como o Estudo Eletrofisiológico, quando corretamente indicado, contribuem muito para o diagnóstico. Nos pacientes assintomáticos as arritmias podem ser diagnosticadas nas avaliações e exames de rotina. Quais os tipos de tratamento e qual a diferença entre eles? O tratamento das arritmias varia muito e nem sempre estão correlacionados com sintomas. Alguns pacientes assintomáticos apresentam riscos e devem ser tratados independente dos sintomas. Quando há necessidade de tratamento, o que nem sempre é necessário, o tratamento pode ser realizado com remédios, mudanças de hábitos de vida, ablação por cateter (tratamento indicado para algumas arritmias que aceleram o coração, um mapeamento elétrico do coração realizado por cateteres que são introduzidos pelas veias e permitem a identificação e eliminação do circuito ou foco da arritmia), implante de dispositivos como Marcapasso (nos casos de coração muito lento) e desfibrilador (para prevenção de morte súbita em pacientes com alto risco de arritmias malignas). Quais as possíveis complicações? As complicações relacionadas ao tratamento dependem do tipo de terapêutica indicada. O ideal é que os pacientes com arritmias sejam avaliados por especialista devidamente habilitados pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas e Sociedade Brasileira de Cardiologia. Uma vez bem indicado o tratamento, a relação risco/benefício será sempre muito mais favorável ao benefício. Apesar de que em qualquer tratamento instituído sempre haverá algum risco, mesmo que mínimo. Por isso é muito importante o tratamento ser realizado por equipe especializada e em local adequado e bem equipado. Uma das complicações conhecidas que devemos evitar, principalmente com o tratamento com remédios, é a ocorrência de arritmias às vezes mais graves que a que está sendo tratada, causadas pelo uso incorreto de alguns medicamentos antiarrítmicos. É possível prevenir a Arritmia? Sim! Muitas das arritmias são adquiridas com o tempo e secundárias ou facilitadas por doenças pré-existentes como hipertensão arterial, diabetes, infartos, etc. A maioria das medidas sabidamente saudáveis para manutenção de uma vida regrada previnem ou reduzem os riscos de ocorrência dessas arritmias. Já outras arritmias, as quais os pacientes já nascem com elas, essas a prevenção é menos eficiente e o tratamento deve ser realizado assim que indicado.
O AUSTA hospital, de São José do Rio Preto (SP), recebeu o selo Covid Free, em reconhecimento por boas práticas preventivas para enfrentamento do novo Coronavírus, atestando, assim, que a instituição possui ambiente seguro e segue padrões nacionais e internacionais estabelecidos em manuais da certificação. O Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes) conferiu o selo Covid Free ao constatar que o AUSTA hospital atua para oferecer ambiente seguro a todos os pacientes, acompanhantes e pessoas que passam pelo centro médico, assim como também a seus profissionais e prestadores de serviços. “Adotamos normas sanitárias internacionais, adaptamos o hospital para atender todos os requisitos necessários e assegurar risco mínimo de transmissão às pessoas que necessitem estar no ambiente hospitalar. Esse tipo de reconhecimento muito nos orgulha. Somos um dos dez hospitais do Brasil a receber este selo”, declara o presidente do Grupo AUSTA, o médico cardiologista Mário Jabur Filho. Certificação É mais uma certificação a atestar a segurança da instituição, que já tem a Acreditação ONA com Excelência – nível 3, o mais alto concedido pela Organização Nacional de Acreditação, entidade não governamental e sem fins lucrativos que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente. O AUSTA hospital tem a ONA desde 2017. Em 2019, conquistou o mais alto nível (3), reconhecido pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Internacional de Qualidade em Cuidados de Saúde (ISQua – International Society for Quality in Health Care), associação parceira da OMS (Organização Mundial da Saúde). O Hospital, portanto, estava bem preparado para os desafios impostos pela pandemia, a partir do ano passado, e adotou medidas para garantir ainda mais a segurança do seu ambiente. Segurança Dentre as medidas, o AUSTA tornou-se, em setembro, a única instituição da região noroeste paulista a ter uma unidade totalmente dissociada do hospital, dedicada exclusivamente ao tratamento de pacientes com síndromes respiratórias, entre elas a covid-19. “No AUSTA hospital, os profissionais médicos podem sentir segurança para internar seus pacientes. Este certificado sinaliza que os protocolos de segurança exigidos internacionalmente para conter a disseminação do vírus são cumpridos”, explica Ana Cláudia Dias, gerente de Qualidade do hospital. Para conceder o selo Covid Free Excelente, o Ibes realizou minucioso processo de análise do AUSTA hospital, que compreendeu duas etapas: diagnóstico e certificação. Práticas preventivas Durante o diagnóstico, foram avaliados 115 itens, em diversos setores, todos em conformidade com o que preconiza o Manual de Boas Práticas Preventivas para o Enfrentamento do Coronavírus, desenvolvido pelo Comitê Científico do Ibes, composto por profissionais especializados no sistema de saúde, baseado em referências científicas mundiais adaptadas à realidade brasileira. Entre muitos itens, foram avaliados, no hospital, distanciamento físico, higiene e limpeza, equipamentos de proteção, monitoramento de saúde, deveres e direitos dos colaboradores, treinamentos, comunicação e planos de emergência.
O Grupo AUSTA realiza, nesta terça-feira (23), a partir das 19 horas, mais uma live do projeto AUSTA ao vivo, com o tema "Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)". Para oferecer ao público ampla visão do TEA, o AUSTA reunirá na live profissionais de três áreas e que atuam junto ao autista: a neuropediatra Amabily Gabriely Ruza Rocha, a psicóloga Débora Benfatti e a terapeuta ocupacional Bruna Fornazari. A transmissão será pelas redes sociais Facebook e Instagram e pelo canal no YouTube. Clique para ter acesso: facebook.com/AUSTAhospital facebook.com/austaclinicas instagram.com/grupoausta/ youtube.com/c/tv-austa AUSTA ao vivo Lançado ano passado, o projeto "AUSTA ao vivo" reúne, em lives nas redes sociais, profissionais para debater temas que promovam a saúde, conscientizando as pessoas para cuidarem de si. "Através da interação com o público online, aproveitamos o alcance significativo das redes sociais para levar informação segura e de qualidade ao número máximo de pessoas", afirma Luciana Rocha, gerente de Marketing e Comunicação do Grupo. No Brasil, os dados ainda são muito limitados, mas informações do Censo Escolar mostram que o número de alunos com autismo que estão matriculados em classes comuns no Brasil aumentou 37,27% entre os anos de 2017 (77.102) e 2018 (105.842). Objetivos O papel dos três profissionais desta live é fundamental para o desenvolvimento da pessoa com a TEA e seu bem estar. A médica faz avaliação criteriosa do paciente, suas habilidades potenciais e suas dificuldades e conta com a parceria de equipe multidisciplinar, que envolve psicóloga e terapeuta ocupacional, que a estimulam. As profissionais também orientam e acolhem a família nesta caminhada. "Queremos, em última análise, que a pessoa com o Transtorno do Espectro Autista tenha uma vida mais tranquila, independente e saudável", sintetiza a terapeuta ocupacional. Saiba mais sobre a TEA De acordo com a ONG Autismo e Realidade, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e a Síndrome de Asperger. Há dois critérios para o diagnóstico do TEA: déficit na reciprocidade socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e presença de comportamentos restritos ou repetitivos. A diferença entre os transtornos é o grau, dentro do espectro autista, já que é possível ter pessoas com TEA com apenas pequenas dificuldades de socialização até indivíduos com afastamento social, deficiência intelectual e dependência de cuidados ao longo da vida. Sintomas Geralmente, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas: Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos; Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo; Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo às rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo). Fonte: www.autismoerealidade.com.br
Diga não às dependências. O IMC e HMC apoiam essa causa. Hoje, 20 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo e o Ministério da Saúde destaca que além dos danos causados aos usuários e suas famílias, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com dependentes químicos já chegaram à marca de R$ 9,1 bilhões em uma década. Entre 2005 e 2015, foram 604.965 internações provocadas pelo uso de substâncias ilícitas no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública de ordem internacional que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos. O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando ela é retirada. Além da, já reconhecida, predisposição genética para a dependência, outros fatores podem estar associados como ansiedade, angústia, insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais. A dependência de álcool é um dos quatro principais problemas relacionados ao trabalho. Segundo a OMS, mais de 47 milhões de anos de vida são perdidos por incapacitação atribuídos ao seu consumo. O número anual de mortes diretamente relacionadas à substância, em todo o mundo, é de 774 mil pessoas, além de sua associação com acidentes automobilísticos, episódios de violência e agressão, atividade sexual não planejada e conflitos com a lei. PREVENÇÃO É muito difícil convencer alguém a não fazer algo que lhe dê prazer; infelizmente as drogas e o álcool, antes de qualquer outra coisa, oferecem prazer imediato, e por causarem dependência física, psicológica e síndrome de abstinência são de difícil tratamento. As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas para o desenvolvimento humano, o incentivo à educação, à prática de esportes, à cultura, ao lazer e a socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento científico. TRATAMENTO Quem necessita de tratamento no SUS, devido ao abuso de álcool e outras drogas, deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD). O atendimento conta com equipes multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros. Fontes: - Ministério da Saúde - Organização Mundial da Saúde (OMS) - Revista Entreteses – Edição 06 (UNIFESP): “Problemas causados pelo consumo custam 7,3% do PIB”.