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Hepatites virais: o que são e como prevenir?

Médico do Austa Hospital fala sobre os vários tipos das hepatites virais No Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas têm hepatites virais e a imensa maioria desconhece ser portadoras destas doenças silenciosas que podem levar à cirrose e ao câncer de fígado. Esta realidade preocupante sobre as hepatites A, B, C, D e E é apresentada pela Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e o Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado (Ibrafig). O médico gastroenterologista e cirurgião do aparelho digestivo, Dr. Pedro Cartapatti da Silva, ressalta que as hepatites B e C correspondem por 74% dos casos notificados no país e o tipo C foi responsável por mais de 76% das mortes relacionadas à hepatopatias entre 2000 e 2018. Segundo o médico, essas estatísticas estão no Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2020, o mais recente editado pelo Ministério da Saúde.   Os tipos de hepatites virais As hepatites dos tipos A e E apresentam evolução aguda e resolução espontânea, predominando casos leves e pouco sintomáticos, sendo menos comum complicações nas pessoas infectadas. As dos tipos B e C podem se tornar crônicas e permanecerem com o infectado de forma assintomática, até que sejam diagnosticadas e tratadas, aumentando anualmente o risco de cirrose e câncer. Em menor frequência, o vírus da hepatite D incide mais na região Norte. Já a variante E é encontrada com maior facilidade na África e na Ásia. As estatísticas, no entanto, podem e devem ser revertidas, sobretudo dos tipos B e C, fazendo o diagnóstico precoce e evitando o surgimento de complicações graves. Por isso, procure o seu médico! Para a hepatite B, existe vacina e tratamento com medicações que interrompem sua progressão. Já, para a hepatite C há apenas tratamento medicamentoso, mas com alto índice de cura. Ambas têm risco de cronificar e evoluir para cirrose e câncer caso não sejam tratadas.   SAIBA MAIS: Hábitos na pandemia aumentam chances de colesterol alto, alerta médica do IMC.   Medicamentos para o tratamento das hepatites virais No caso da hepatite C, não há vacina, embora medicamentos utilizados desde 2015 tornaram o tratamento mais eficaz, com chances de cura de 95% a 98%. Se a pessoa não buscar acompanhamento médico para se cuidar, no entanto, tem grandes chances de desenvolver complicações. “Por isso, é importante detectar e tratar a doença precocemente, isto é, quando os danos ao fígado e a outros órgãos ainda podem ser controlados com o tratamento adequado”, ressalta o médico cirurgião, do Austa Hospital. A do tipo D, de acordo com os especialistas, tem menor incidência pois depende diretamente da B para se desenvolver.   Complicações das hepatites virais Um dos principais problemas da hepatite é a forma crônica, que, se não diagnosticada e tratada, tem grande probabilidade de evoluir para cirrose e câncer. “Importante sempre destacar que a maior parte dos casos não apresenta sintoma, o que faz com que o diagnóstico mais preciso seja a testagem”, salienta Dr. Pedro Cartapatti da Silva. Segundo o cirurgião, os sintomas mais comuns da doença aguda são cansaço, febre, tontura, enjoo, vômitos, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Alguns grupos de pessoas apresentam maior risco de ser infectado pela hepatite B e C, como: Com 40 ou mais anos; Que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993; Usuárias de drogas injetáveis ou que compartilham agulhas injetáveis; Que fizeram tatuagens, piercings ou de escarificação sem o devido controle sanitário; Com infecção pelo HIV ou com parceiros sexuais com pacientes com diagnóstico de HCV; Presidiários e pessoas com antecedente de encarceramento; Desabrigadas; Com múltiplos parceiros sexuais ou com múltiplas doenças sexualmente transmissíveis; Que admitem elevado consumo de álcool.   Como prevenir as hepatites virais? O uso do preservativo nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas, são as principais medidas de controle das hepatites virais B/C, DEVIDO SUA TRANSMISSÃO POR ASNGUE OU FLUIDOS. JÁ ASOUTRAS HEPATITES, DEVIDO SUA TRANSMISSÃO ORAL FECAL, SÃO PREVINIDAS POR MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL. A primeira etapa do tratamento é a consulta com um médico especialista, que fará a avaliação física do paciente e a solicitação de exames específicos. Fontes: Ministério da Saúde Secretaria da Saúde Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado (Ibrafig)

Endocrinologista fala sobre a Diabetes, suas complicações e tratamento

Dra. Isabela C. Godoy Santos (CRM 116.553) Diabetes mellitus (DM) é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento. Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF) estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (424,9 milhões de pessoas) vivia com diabetes. Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 628,6 milhões em 2045. O aumento da prevalência do diabetes está associado a diversos fatores, como: rápida urbanização, transição nutricional, estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a glicemia elevada é o terceiro fator, em importância, da causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso de tabaco. Mortalidade Diabetes e suas complicações constituem as principais causas de mortalidade precoce na maioria dos países; aproximadamente 4 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos morreram por diabetes em 2015, o equivalente a um óbito a cada 8 segundos. Doença cardiovascular é a principal causa de óbito entre as pessoas com diabetes, sendo responsável por aproximadamente metade dos óbitos por diabetes na maioria dos países. O diabetes é responsável por 10,7% da mortalidade mundial por todas as causas, e isso é maior do que a soma dos óbitos causados por doenças infecciosas (HIV/ AIDS e Tuberculose). Complicações e doenças associadas ao diabetes Tradicionalmente, as complicações do diabetes são categorizadas como distúrbios microvasculares e macrovasculares, que resultam em retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial periférica. O diabetes tem sido responsabilizado, entretanto, por contribuir para agravos, direta ou indiretamente, no sistema musculoesquelético, no sistema digestório, na função cognitiva e na saúde mental. Tipos de Diabetes Critérios Diagnósticos Complicações da doença NEFROPATIA: 1/3 dos diabéticos evoluem com Insuficiência Renal, chegando a hemodiálise. NEUROPATIA: 25% dos diabéticos evoluem com lesões nos membros inferiores, o que aumenta 15 a 40 X o risco de amputação. RETINOPATIA: 60% dos diabéticos com mais de 20 anos de doença têm algum grau de retinopatia. É a principal causa de cegueira entre 20-74 anos de idade. Rastreamento O rastreamento consiste em um conjunto de procedimentos cujo objetivo é diagnosticar o diabetes mellitus tipo 2  ou a condição de pré-diabetes em indivíduos assintomáticos. Essa atividade tem grande importância para a saúde pública, pois está diretamente ligada à possibilidade de diagnóstico e tratamento precoces, minimizando os riscos de desenvolvimento de complicações principalmente microvasculares. Qualquer um dos testes aplicados no diagnóstico de DM2 pode ser usado no rastreamento (glicemia de jejum, glicemia de 2 horas pós-sobrecarga ou hemoglobina glicada). Os mais utilizados são: a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada. Parece razoável recomendar um intervalo de 2 anos para o reteste daqueles pacientes com baixo risco de desenvolver diabetes e que tiveram resultado prévio indubitavelmente normal, assim como recomendar o reteste anual para os pacientes com pré-diabetes ou com fatores de risco para desenvolvimento de DM2. Pacientes que tiverem resultados no limite superior do normal devem ser reavaliados em 3 a 6 meses. Medidas de prevenção As medidas de prevenção do DM2 são considerada de excelência na medicina hoje, em se tratando de saúde coletiva e, principalmente, evitando as complicações da doença. Envolvem intervenções farmacológicas e não farmacológicas Medidas não farmacológicas: As medidas não farmacológicas incluem modificações da dieta alimentar e atividade física, constituindo, portanto, mudanças do estilo de vida. Intervenções farmacológicas: O uso de metformina demonstrou boa relação custo-efetividade. Ela é recomendada para pacientes muito obesos (IMC > 35 kg/m2 ) ou com passado de diabetes gestacional, associado a hiperglicemia (HbA1c > 6%) ou para aqueles nos quais a HbA1c aumenta mesmo com as mudanças do estilo de vida. Conclusão A Diabetes é, portanto, uma doença com grande impacto na saúde mundial e, por ser assintomática ( na maioria das vezes) , requer muito cuidado tanto da parte medica quanto da propria população. Deve ser diagnosticada o quanto antes e tratada o mais intensamente possível. É de extrema importância que o pacientes tenham aceitação da doença e adesão ao tratamento e à dieta propostos.

Diabetes: um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares

No Brasil, há mais de 16,5 milhões de pessoas com diabetes e metade desconhece o diagnóstico, segundo a Federação Internacional de Diabetes (FID). Em 2030, serão mais de 21 milhões de doentes, projeta a entidade. E para este enorme contingente de brasileiros, é fundamental cuidar do coração. Afinal, a doença é um dos principais fatores de risco para problemas cardiovasculares, como infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e entupimentos das artérias, especialmente das pernas e pés, além de formação de aneurismas – dilatação de um vaso sanguíneo.   Fator de risco para doenças cardiovasculares A mulher diabética tem 40% mais chance de sofrer infarto do que a saudável. Já, entre os diabéticos, o risco é 40% maior do que os homens que não possuem a doença. Quando se instala, a diabetes potencializa outras condições de risco, como a pressão alta e o colesterol elevado. Entre a diabetes tipo 1 e a tipo 2, esta oferece mais chances para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Por isso, é importante lembrar o que caracteriza estes dois tipos que possuem duas características em comum: a deficiência na produção da insulina e o excesso de açúcar no sangue. Veja também: Baixe nosso e-Book sobre Diabetes e tenha mais qualidade de vida!   Diferenças da diabetes tipo 1 e tipo 2 A principal diferença entre ambas é que a tipo 1 é uma doença autoimune, que faz com o que pâncreas pare de produzir insulina definitivamente. No tipo 2, o pâncreas ainda produz insulina, no entanto, além de ser insuficiente, ela não pode ser plenamente metabolizada pelo organismo em decorrência da resistência que ocorre nos órgãos e músculos.   Complicações da diabetes As doenças cardiovasculares são as complicações decorrentes da diabetes que mais levam à morte, sendo que até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos. A incidência de complicações cardiovasculares é grande na diabetes devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue, que, juntamente com o colesterol e a pressão arterial, promove a formação de placas de colesterol que entopem as artérias. Além disso, o aumento excessivo da glicose no sangue favorece a maior produção de coágulos que também podem obstruir as artérias. Quando uma artéria sofre uma obstrução, o coração entra em sofrimento por falta de oxigênio e o tecido sadio morre, sendo substituído por cicatriz. Dependendo do tamanho da área afetada, pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis, como a insuficiência cardíaca.   Fatores associados à diabetes A diabetes, portanto, é fator importante para o surgimento de problemas do coração. O risco, contudo, pode ser ainda maior quando a doença se associa a outros fatores, como: hipertensão, colesterol alto, obesidade, sedentarismo, tabagismo e o histórico familiar de casos precoces de infarto agudo do miocárdio. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabético pode, contudo, adotar ações rotineiras que têm grande efeito preventivo, como ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, não fumar, consultar-se periodicamente com o médico para fazer exames e usar as medicações prescritas.   Fonte: (SBD) Federação Internacional de Diabetes (FID).

Doença falciforme é diagnosticada pelo teste do pezinho

Doença falciforme é genética, não tem cura, mas é diagnosticada pelo teste do pezinho para bebê ter acompanhamento médico A cada ano, nascem no Brasil 3.000 crianças com doença falciforme e 200.000 com traço falciforme. No Estado de São Paulo, 1 em cada 4.000 bebês vem ao mundo com esta doença genética, hereditária e que – atenção! – não tem cura. Diagnóstico Isso não impede, contudo, que ela seja diagnosticada logo no nascimento para que o bebê receba o acompanhamento médico adequado, baseado num programa de atenção integral. O diagnóstico precoce é feito na triagem neonatal com a realização do Teste do Pezinho, como é conhecido o exame eletroforese de hemoglobina. Ele é gratuito e obrigatório por lei que seja feito em todas as instituições de saúde do Brasil. O que é o que causa? A doença falciforme é caracterizada pela alteração no sangue, na qual os glóbulos vermelhos tornam-se rígidos, assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para o cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. Se o portador da doença não recebe a assistência adequada, corre o risco de ter anemia crônica, crises dolorosas associadas ou não a infecções, retardo do crescimento, infecções e infartos pulmonares, acidente vascular cerebral, inflamações e úlceras. Sintomas da doença falciforme Os sintomas geralmente aparecem no primeiro ano de vida e manifestam-se de maneira diferente em cada pessoa. A crise de dor é o mais frequente, atingindo principalmente ossos e articulações. Nas crianças pequenas, causam inchaço, dor e vermelhidão em mãos e pés. As pessoas com doença falciforme têm maior propensão a infecções. Crianças podem ter mais pneumonias e meningites. Por isso elas devem receber vacinas especiais para prevenir estas complicações. Ao primeiro sinal de febre deve-se procurar o hospital onde é feito o acompanhamento da doença. Isto certamente fará com que a infecção seja controlada com mais facilidade. Outros sintomas Outro sinal característico, a partir da adolescência, é o aparecimento de ferida(s) normalmente perto dos tornozelos. A(s) ferida(s) podem levar anos para a cicatrização completa, se não forem bem cuidadas no início do seu aparecimento. O risco de morte é grande nas crianças em que, como consequência da doença falciforme, o baço começa a sequestrar sangue que irrigaria outros órgãos, como o cérebro e o coração. Tratamento da doença falciforme Quando descoberta a doença, o bebê deve ter acompanhamento médico adequado, baseado num programa de atenção integral. Nesse programa, os pacientes devem ser acompanhados por toda a vida por uma equipe com vários profissionais treinados no tratamento desta doença para orientar a família e o doente a descobrir rapidamente os sinais de gravidade, a tratar adequadamente as crises e a praticar medidas para sua prevenção. A equipe é formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, dentistas, entre outros. Além disso, as crianças devem ter seu crescimento e desenvolvimento acompanhados, como normalmente é feito com todas as outras crianças que não têm a doença. Fontes: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde e Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp.

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